Mulheres de todo o mundo rejeitam sanções unilaterais na ONU

As medidas unilaterais econômicas, comerciais e financeiras contra países soberanos receberam neste fim de semana uma nova condenação nas Nações Unidas, ao concluir aqui o 58º período de sessões da Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher.

A rejeição às sanções que impõem algumas potências, sobretudo aos Estados em desenvolvimento, faz parte do documento final do fórum de duas semanas, que foi concluído nas primeiras horas do sábado (22).

Segundo o texto divulgado, essas ações contrárias à Carta da ONU e ao direito internacional impedem a consecução plena do desenvolvimento econômico e social das nações.

Nesse sentido, a Comissão criada em 1946 para promover a igualdade de gênero e empoderamento feminino conclamou a comunidade mundial a abster-se de promulgar tais medidas, bem como a condená-las quando se produzam.

A delegação iraniana propôs acrescentar o tema às conclusões do encontro, ainda que o documento não faça menção específica a punições, ou executores e vítimas dos mesmos.

Diplomatas, durante as prolongadas negociações para se atingir o consenso em torno de um texto final, declararam à Prensa Latina que, considerando-se evitar acusações diretas, esteve presente entre a maioria dos delegados o caso do bloqueio aplicado pelos Estados Unidos a Cuba durante mais de meio século.

Desde 1992, o cerco de Washington à ilha recebe uma categórica condenação na Assembleia Geral da ONU, onde em outubro passado, 188 de seus 193 membros exigiram seu fim.

Irã também sofre sanções econômicas promovidas pelo ocidente, em relação a um programa nuclear que Teerã assegura somente ter objetivos pacíficos, enquanto Estados Unidos e seus aliados lhe atribuem supostos propósitos militares.

A Comissão da Condição Jurídica e Social da Mulher é o principal órgão intergovernamental dedicado exclusivamente à promoção da igualdade de gênero e empoderamento feminino.

Fonte: Vermelho

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