Mulheres passam mais tempo na escola do que homens

Elas estudam cerca de seis meses a mais e só perdem na faixa acima dos 60 anos

 

As mulheres passam mais tempo nas salas de aula do que os homens em todas as faixas etárias analisadas pelo Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). Em média, elas estudam um semestre a mais do que o sexo masculino, seja entre os 10 e 14 anos, 15 e 17 anos, 20 e 24 anos ou de 30 a 39 anos.

Apenas no grupo com 60 anos ou mais é que as mulheres perdem dos homens em anos de estudo, ainda assim por uma diferença de só três meses e meio (ou 0,3 anos) passados na escola.

O tempo médio que os brasileiros passam estudando (7,2 anos) cresceu bem pouco entre 2008 e 2009 – apenas 0,1 ano, o equivalente a pouco mais de um mês. Entretanto, no intervalo de meia década (entre 2004 e 2009), o aumento foi maior, igual a um semestre – passou de 6,6 para 7,2 anos de estudo.

O grupo com maior escolaridade no país é o de mulheres entre 20 e 24 anos de idade – elas têm média de dez anos de estudo. Na sequência estão as que têm entre 25 e 29 anos, com 9,8 anos passados nas escolas.

Uma das hipóteses para os dados positivos é a crescente entrada das mulheres no mercado de trabalho. A competição por emprego levou o sexo feminino a valorizar os estudos tanto ou mais do que os homens.

A diferença de tempo de estudo entre homens e mulheres na faixa dos 20 aos 24 é de quase um ano.

Presença na escola

Há desigualdade também na presença das pessoas dos dois sexos na escola. Em todas as faixas etárias – seja entre 6 e 14 anos, 15 e 17 anos e com 25 anos ou mais – as mulheres têm maior taxa de comparecimento às escolas.

A partir dos 18 anos, a presença das mulheres nos colégios (a chamada taxa de escolarização) chega a ser quase 4% maior que a dos homens.

O número de pessoas com mais de 11 anos de estudo chegou a quase 56 milhões em 2009, equivalente a um terço da população acima dos dez anos.

Mesmo com as melhoras, outros 36,2 milhões de pessoas, pouco mais de um quinto da população total, não têm nenhum tipo de estudo ou têm menos que quatro anos em sala de aula.

Fonte: R7

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