Em comemoração ao dia 25 de julho, Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, o Coletivo de Mulheres Negras do Rio de Janeiro organizou uma marcha na capital fluminense no sábado passado (25). Entre as 500 manifestantes que caminharam pela orla de Copacabana estavam representantes de entidades como CTB, UGT, Unegro, União Brasileira de Mulheresctb e diversas outras.
Por Renato Bazan – Portal CTB
O ato foi dividido em dois momentos: no período da manhã, a concentração aconteceu em torno de um carro de som, do qual diversas lideranças denunciaram as injustiças e explicaram a importância de lutar pela igualdade racial e de gênero; mais tarde, depois da conclusão da Maratona do Rio, os presentes seguiram em passeata pela orla.
Para a secretária de Políticas de Promoção de Igualdade Racial da CTB, Mônica Custódio, o evento teve um saldo muito positivo: “Conseguimos sair com um número de pessoas maior do que previsto, e isso deu visibilidade à posição que a mulher ocupa no movimento negro. Andar por Copacabana também foi uma escolha ideal: é nesta região que a mulher negra ocupa o lugar da doméstica, em sua maioria, e elas precisam ouvir essa denúncia. Conseguimos juntar diversas entidades pela mesma causa, do asfalto e do morro, da juventude, do hip hop, da academia – todo mundo veio conosco”.
A importância de ser reconhecida
No ano passado, a presidenta Dilma Rousseff reconheceu o dia 25 de julho como uma homenagem à figura histórica de Tereza de Benguela, conhecida como “Rainha Tereza” no Vale do Guaporé (MG) do século XVIII. Ela se tornou líder do Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados do então Governador Capitão-General da Capitania, Antônio Rolim de Moura.
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. Instituído, em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente. Para discutir o tema, a secretária Custódio publicou um artigo político sobre a data.