A atriz Erika Januza, da Rede Globo, entrou na Justiça contra pessoas que têm enviado ofensas racistas contra ela por redes sociais e email. A onda de ataques teve início no fim de outubro e, agora, a atriz juntou todas as provas e levou à polícia para que um inquérito seja aberto.
Do BHAZ
A global deseja que os responsáveis sejam punidos. Já vinha lendo ofensas nas redes sociais e, de umas três semanas para cá, passei a receber também por email. Já foram uns 20, de remetentes diferentes, mas que, pelo teor, parecem vir da mesma pessoa. Juntei tudo e levei à delegacia”, contou a atriz para o jornal O Globo.
“Fui muito bem atendida pelos policiais e também estou contando com a ajuda de um advogado, que irá acompanhar o processo para mim. Meu desejo é encontrar os responsáveis e mostrar que eles que não podem se esconder atrás de nomes falsos na internet”, desabafou.
Januza já sofreu com o preconceito algumas vezes, um internauta se referiu a ela como “negros fedidos”, em um post do ator Caio Paduan, com quem fez par romântico na novela “O Outro Lado do Paraíso”.
De acordo com a atriz, o ator também levou o caso à polícia, contudo, os ataque continuaram. Januza conta que ficou muito chateada com isso, mas como mulher negra, tem que superar o preconceito todos os dias
Ela disse que o ator também levou o caso à polícia, mas os ataques continuaram. Erika declarou que se entristeceu com isso, porém enquanto mulher negra supera o preconceito todos os dias.
“Esse tipo de comportamento das pessoas sempre me revolta muito. O desejo de ação é sempre maior em mim que o de tristeza. Vontade de fazer alguma coisa para resolver, vontade de falar, desabafar. Mostrar às outras pessoas que dizem que racismo não existe e que é ‘mimimi’ que ele existe, sim. Acontece todos os dias”, disse a atriz ao site Gshow na última quarta-feira (20).
Erika Januza espera que a repercussão ajude na causa. “Acho que falar e mostrar que fiz a denúncia ajuda os outros a enxergarem que é possível. Muita gente acha que é mais fácil para os famosos. Mas o crime é o mesmo para todos. A delegacia está aberta a qualquer cidadão. Peço que as pessoas tenham coragem e denunciem. Quem tem que temer é aquele que comete o crime”, contou ao jornal O Globo.