Nilma Lino Gomes vence Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, da SBPC

Entrega será em 11 de fevereiro, quando é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência

FONTEUFMG, por Luana Macieira
Nilma Lino Gomes é professora emérita da UFMG. (Foto: Emília Silberstein/UnB Agência)

A professora emérita Nilma Lino Gomes, da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, foi a vencedora na área de Humanidades do 3º Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, iniciativa da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O prêmio será entregue no dia 11 de fevereiro, às 10h30, com transmissão pelo canal da SBPC no Youtube. A data foi escolhida por ser o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). 

Nilma Lino é pedagoga e mestre em educação pela UFMG, doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e residente de pós-doutorado em Sociologia, na Universidade de Coimbra, e em Educação, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ela coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Étnico-raciais e Ações Afirmativas (Nera) e integrou a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, além de ter sido reitora pró-tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). A vida e a carreira da pesquisadora foram retratadas no primeiro episódio da série Mulheres cientistas, da TV UFMG.

Trajetória marcada pela luta
Nilma Lino Gomes, que também foi ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, tem sua trajetória marcada pelas lutas emancipatórias e a favor das minorias. Ao receber o título de professora emérita da UFMG, em 2019, ela disse que sua trajetória foi construída com a ajuda de muitas pessoas e de muitas vozes anteriormente silenciadas.

Em seu discurso na cerimônia, ela emocionou os presentes ao reafirmar suas origens: “Trago no sangue e na memória a dor do açoite e da chibata. Reconheço a presença do racismo, por mais disfarçado e ambíguo que ele possa ser. Trago a indignação contra a injustiça, a raiva contra a opressão, o desejo de mudança e uma corporeidade negra insubmissa.”

O prêmio
Nesta terceira edição, o Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher recebeu indicações de 35 Sociedades Afiliadas à SBPC: 11 na área de Humanidades, 11 na de Biológicas e Saúde e 13 na de Engenharias, Exatas e Ciência da Terra. 

Além da professora Nilma Lino, foram reconhecidas Gulnar Azevedo e Silva, professora do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), na área de Biológicas e Saúde, e Beatriz Leonor Silveira Barbuy, docente do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), na área de Engenharias, Exatas e Ciências da Terra.

Criado em 2019, o prêmio homenageia a presidenta da SBPC, Carolina Martuscelli Bori. Segundo a SBPC, a iniciativa, além de incentivar as mulheres que fazem ciência no Brasil, visa estimular nas meninas o interesse pelos universos da pesquisa científica e do conhecimento.

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