Noites das lágrimas em África uma conversa com o escritor Marcelo Aratum

Para falar da minha experiência é nada mais que expor as perguntas e as respostas que eu já deparei. Depois da recente publicação da minha primeira obra literária, em dezembro de 2010, fui abordado várias vezes com perguntas difíceis até de responder. Fui sim, muitas vezes abordado, por diferentes pessoas, perguntando, quem é um escritor? Que é um livro? O que é Literatura? Por uma resposta bem simples, é que, escritor é um artista vestido com sua ideologia, sua filosofia e seu momento histórico. É aquele que tem a linguagem como seu principal objeto, ou seja, o escritor usa as palavras para desenhar o mundo em que vive. Em suma, a literatura é uma manifestação artística. Nada mais, ao ler NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA, encontra, nela a postura minha sobre a realidade e as aspirações guineenses. Assim como, em qualquer obra Literária. Repetindo, escritor é aquele que arquiva, para geração vindoura, a realidade, a qual viveu. É aquele que, às vezes cria, desenha os fatos reais ou não, com as palavras escritas e publicadas.

O que diferencia um escritor com o outro?

Na verdade, cada escritor tem seu estilo de representar o mundo em que viveu. Por exemplo, os pintores procuram representar seu mundo, seu sentimento, sua emoção ou realidade através de seus quadros. Agora, depende como que cada um vai fazer a tal representação. Na obra literária ocorre o mesmo, cada escritor procura representar o mundo do seu estilo, criando personagens de acordo ao perfil do mundo, a que se refere. Voltando à pergunta anterior, que é um livro? Para fins estatísticos, na década de 60, a UNESCO considerou o livro como uma publicação não periódica, que consta de no mínimo 49 páginas, sem contar as capas. Acho que isso era suficiente para que as pessoas saibam discernir o significado verdadeiro de um livro, ou seja, saber diferenciar livro com as outras publicações impressas.

Por que publicação não periódica?

Em vez de pegar revista, como exemplo, vale mais a pena pegar os famosos da mídia, que possuem uma aparência de extrema beleza, não importa se apresentam algum tipo de conhecimento intelectual, mas, a verdade é que, a fama que eles carregam não atravessará o tempo, como um livro. Resumindo, isso se faz que um livro não seja considerado publicação periódica.

Livro é um produto industrial?

Sim, É. Porque é produzido, publicado e vendido. NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA, como as outras obras literárias é um produto industrial. Mas, olhando pela sua essência, como falei cada escritor procura desenhar o espaço, o tempo e o meio, no qual vive. Então, respondo outra vez que ela é mais do que um simples produto. Porque carrega consigo, o principio fundamental de um povo: o valor cultural guineense.

Alguém perguntaria se a vida de escritor é fácil?

Para quem está começando, como é o meu caso, é difícil. Em cada momento tenho que prestar explicações aos leitores sobre o livro. O escritor tem que esperar de tudo, crítica e elogios. O mais difícil para mim, foi no dia do lançamento. Era o dia em que eu estava vivendo os momentos inéditos, da minha vida. Os primeiros contatos com a imprensa e pessoas diferentes, com inteligentes perguntas. Mas, tirando isso, não tenho nada para reclamar, porque o meu sonho se concretizou. O sonho de virar um dia escritor. Hoje, a minha alegria se exalta nas sombras das interpretações e discussões sobre o meu livro. Em Luiz Eduardo, município do Estado da Bahia, uma menina, comentou com “amiga” minha, que chegou a sonhar com o meu livro. No outro dia, perguntou se tudo que foi narrado era realidade. A resposta foi esta: NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA tem caráter realista, que condena e denuncia o que houve de mal na sociedade guineense. Até pode haver alguns desencantos e tristezas, como tem ocorrido, por parte de alguns dos meus conterrâneos, que estão pedindo a censura do livro, com justificativas pouco sólido. Como se diz, o conteúdo de um livro traz ao leitor as novas informações, para tanto, aceito, discutido ou refutado continuará sempre conservado nele a estrutura intelectual. Pois, tive a profunda oportunidade de viver diretamente à realidade, na qual abordei.

COMO ESTÁ A VENDA?

Atualmente, não apenas os livros que estão em profunda crise, mas, todas as produções intelectuais impressas. Por motivos simples: a pandemia da tecnologia, tendo a mídia como o suporte. Lembre-se, antes, as pessoas sentavam nos ônibus, lendo livros, jornais, revistas, etc.; liam e esperavam atendimento nas repartições públicas ou particulares. Em casa, tinham tempos suficientes para ler os livros. Porém, no cerco fechado pelo capitalismo, tudo vem se transformando. Nos ônibus e, em qualquer repartição de serviço, as pessoas preferem muito mais ouvir as musicas, com Fones de Ouvido do que ler um livro. Em casa, a mídia televisiva, brutalmente os joga no sofá, assistindo à novela, termina novela, a Internet, estupidamente os puxa pela orelha, para navegar no infinito. A única leitura, às vezes, que as pessoas fazem é a leitura pela necessidade ou obrigação: passar num concurso ou, porque professor/a autoriza. Sendo assim, o mundo capitalista agradece. Vendo as pessoas limitadas perambulando pelas ruas da cidade.

DIVULGAÇÃO. Essa é a grande preocupação: a divulgação. Muito embora, estou desencadeando muito esforço a isso. Hoje, pode encontrar o meu livro, quase em todas as bibliotecas, principalmente da Universidade Federal e da PUC-GO; também, nas livrarias da cidade e no PORTAL GELEDÉSJá dei algumas entrevistas pela televisão, rádio e nos outros meios de comunicações, graças ao esforço da Neuza, de ASPIR, e de Assessor Especial do prefeito, José Eduardo da Silva Batista. Por conseguinte, afirmo que foi uma experiência nova e difícil para ser encarada. É questionamento, crítica, explicações ao leitor, divulgação, assim por diante. Mas, tem um significado muito importante para mim: o sonho concretizado, que perdurará para a história.

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noites das lagrimas em africaMarcelo Aratum

NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA

Valor: 50, 00 reais (veja abaixo como comprar)

Noite das Lágrimas em África, a primeira obra literária de Marcelo Aratum, guineense, atualmente morando no Brasil, no Estado de Goiás, Goiânia. Em 2002, ARATUM chegou ao Brasil, para cursar Letras: Português / Inglês, pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, por intermédio do Convênio Estudantil. Em 2005, graduou-se. Dois anos depois, especializou-se em Docência Universitária, Pela mesma instituição universitária. Hoje, professor de Artes e Língua Inglesa.

Nesta sua obra, tendo a personagem central, uma mulher, chamada Nha Dona Badjudessa, que era uma analfabeta e corajosa mãe. Na época, ela questionava, desafiava e denunciava a realidade amarga, na qual vivia. Na verdade, ela pretendia contar ao mundo algo que não foi contado por ninguém até então. Pela reflexão de muitos leitores, o livro, em si, traria um forte conflito e debate sobre a realidade guineense. Mas que realidade era essa? A Badjudessa não se cansava de brigar com o mundo feito de machismo. Mostrava sempre com o grito de que a mulher não era feita apenas para gerar filhos, mas, sim, de participar ativamente na transformação social e no bem-estar da cidade. Ela tinha a ciência de que sua luta, na época dos generais, era sinônimo de suicídio. Mas, mesmo assim, nunca caiu de joelhos aos pés dos monstros, para declamar a inferioridade. Alguém já se perguntou o verdadeiro objetivo dessa mulher analfabeta que se rebelou contra tudo e tudo que se podia imaginar? Ninguém. Ninguém conseguia explicar certas loucuras sua. Contudo, a finalidade dela era resgatar o valor da cidade, aniquilar o espírito egoísta e individual dos generais. Badjudessa se firmava a denunciar o mal que ninguém queria assumir a responsabilidade de contar ao mundo de então e de hoje. Agora, se tudo isso era objetivo dessa analfabeta pobre, por que atacava tudo: a religião, a sociedade guineense, os políticos, os militares, a imprensa, o poder judicial, o ocidente, o funcionalismo público, sobre tudo, a Educação e a Saúde? Por que ela atacava até si mesma? Então, foi por isso, dessa luta audaciosa e desenfreada, assim digo, que a levou a perder a guarda das filhas? Foi por causa de sua intensa labutação contra a realidade amarga de seu tempo, que provocou várias revoltas, inclusive à perda da presidência do Presidente João de Carvalho e à “morte” do General Bruto Coração de Leão? Tudo bem, conscientize-se! A Dona Badjudessa nunca se posicionava para fazer brotar o mal na cidade, pelo contrário. Ela, apenas se levantava contra os generais, ou seja, das situações desumanas da época. Também, não se esqueça, em decorrer de sua loucura, transbordava suas lamúrias, desenhando os valores que o país tinha: dança, emocionantes canções, vestimentas, comida, cerimônia religiosa, etc. Era assim, ao longo da narração, nunca deixou de fora os verdadeiros valores culturais, que refletia de modo geral, o rosto da África Negra e da Guiné-Bissau em particular. Lendo a NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA terá a oportunidade de conhecer reflexivamente os…

Lembre-se, Noite das Lágrimas em África sempre vai continuar fortalecer a sua mente e ampliar a sua visão sobre o continente africano. Segundo dizem, a leitura literária é a viagem que o leitor faz ao passado de um povo. Então, lendo a NOITE DAS LÁGRIMAS EM ÁFRICA significa que você está andando nas ruas da cidade Bissau, presenciando ou vivenciando de perto a realidade que nunca teve a oportunidade de viver. Ainda, vai-te possibilitar a refletir sobre si mesmo e sobre…

SUMÁRIO DO LIVRO

O livro está dividido em três momentos:

Primeiro Julgamento,

Segundo Julgamento e,

Julgamento Final.

Antes dessas etapas narrativas, a narradora antecipou com esta:

MOMENTOS DE LEMBRANÇA E DE REFLEXÃO

Em que narrou o que havia ocorrido com ela nos momentos conjugais sob as amargas. NHA DONA BADJUDESSA resolveu separar-se do marido, que era alcoólatra, mas, nunca deu certo. Também, nesse momento, contou a história de uma mulher, a CURANDEIRA TIA N’TAPHA. Como ela salvava a vida das crianças na cidade. Mais tarde, Badjudessa se mudou com os filhos para a outra cidade, fugindo dos problemas que atormentavam a população.

PRIMEIRO JULGAMENTO

Narrou acontecimento inédito na vida dos bissaus, A CHEGADA DOS CAMARADAS. Ela tão eufórica, achava que tudo que era lastimável antes dessa chegada ficaria pela história, mas, decepcionou-se. Assistiu atrocidade que nunca tinha visto antes. Inicialmente chamava os camaradas de “irmãos de sangue”. E, no final, apenas as lágrimas. Ela, também fez as duras críticas à sociedade guinebissauense, às religiões vigentes, às injustiças, como procedia a relacionamento com os ocidentais, claro, ao governo, na pessoa do GENERAL BRUTO CORAÇÃO DE LEÃO, seu principal alvo.

A SAIA SIMBÓLICA é o momento que ela procurava exibir os costumes dos guinebissauenses: dança, música, religiosidade, trajes, tradição, assim por diante.

SEGUNDO JULGAMENTO

A CHEGA DOS CHARLATÕES é a outra novidade que se exaltou aos olhos da narradora. Nha Dona Badjudessa, de novo se alegrou bastante a essa chegada, no aeroporto internacional da Guiné-Bissau. Sim, era a outra expectativa de vida. Não sobrou uma só pessoa que não se contetava com os CHARLATÕES. Mas, no final de tudo, apenas as lágrimas.

JULGAMENTO FINAL

A GUERRA DE ONZE MESES

Como se viu acima, as somas das mágoas se resultaram nesta: A GUERRA DE ONZE MESES. A narradora explicou com detalhes como que a sociedade, a comunidade internacional, a religião, principalmente os jovens reagiram a esse conflito armado. O conflito que mudou a história da Guiné-Bissau.



 


LOCAIS DE VENDA

Valor: 50, 00 reais

Diretamente com o escritor:  [email protected]

 

ou

Livraria Vozes Rua 3, 291 – Centro Goiânia-Go Livraria PUC Goiás, 5ª Av. N. 722, Qd-71 St. L. Universitário – Goiânia-Go – CEP: 74.605-040.

Livraria MF Livros, Rua 21, nº53 esq. c/Rua 3 Centro, Goiânia – Go; CEP: 74030-070

Livrarias da Universidade Federal de Goiás, principalmente no Campus Samambaia (Campus II)

Livraria: Armazem dos livros, Avenida Goiás Livraria Cultura, Anápolis, (062) 3321-0176 (RS COMÉRCIO DE DISCOS LTDA)

Luminária Livraria e Cafeteria, Anápolis (Facebook)

 

 

Marcelo Aratum CV

Fonte: Noite de Lágrimas em África

 

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