Nove exemplos de machismo cotidiano que deveriam ser erradicados

A feminista Laura Bates fundou o site Everyday Sexism há cinco anos.

Após 150.000 testemunhos, publica livro que reúne alguns dos insultos registrados

Por BEGOÑA GÓMEZ URZAIZ, do El Pais 

Capa do livro ‘Sexismo cotidiano’.

Neste ano, muitas mulheres pararam alguns segundos na frente de seu computador ou celular e viram a proliferação de #metoo e #eutambém em sua timeline do Facebook ou seu perfil do Twitter, e se perguntaram: eu também? E um número muito importante respondeu que sim, que #elastambém, apesar de até aquele momento não terem sido vistas como vítimas de agressão sexual, simplesmente porque ser agredida é “o normal”.

A feminista britânica Laura Bates se guiou por uma ideia semelhante, visibilizar o invisível, quando abriu em 2012 seu site Everyday Sexism, na qual qualquer mulher pode denunciar casos de machismo cotidiano, do comentário de um chefe a um anúncio visto no metrô e até — é deprimente, mas é comum — um estupro. Bates reuniu alguns desses testemunhos e refletiu sobre o que significam em um ensaio recomendável, Sexismo Cotidiano, publicado na Espanha pela editora Capitán Swing em outubro deste ano, mas ainda não disponível em português. Estas são algumas de suas conclusões:

1. Se for começar uma frase com o preâmbulo “isso até soa machista, MAS…” talvez seja melhor se calar.

Por exemplo, quando o jornalista Andrew Brown, do Daily Telegraph, disse em relação às categorias femininas das artes marciais nos Jogos Olímpicos de Londres: “Tenho consciência de que isso que vou escrever vai soar totalmente sexista, mas é perturbador ver como todas essas meninas se batem entre si…”. As atletas, inclusive quando se chamam Serena Williams, continuam tendo dificuldades para que seus méritos sejam reconhecidos em si, e não em relação aos homens.

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