O ILÊ ASÉ ÒYÁ ORUM BALÉ , tem a honra de convidar a todos e a todas, para a festa em comemorações ao orixá OGUM, e para a exposição cultural “NOSSO SAGRADO”.

Em comemoração ao orixá Ogum o terreiro de candomblé , do Babalorixá Jurema da Balé, vinculado à Rede de Terreiros de Pernambuco e Recife, convida para: as festividades de Ogum , para o Ato político de afirmação da cultura afro-brasileira e da comunidade do coque-joana Bezerra,e para exposição “Nosso Sagrado”, de autoria do artista plástico Babalorixá Pai Jurema da Oyá Balé.

No Mês reservado as comemorações ao Orixá Ogum, o POVO DE SANTO homenageiará diversas autoridades políticas e religiosas com o DIPLOMA DE MENSÃO HONROSA PELA ÉTICA NA DEFESA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E NA RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA, através do combate ao racismo e a promoção de uma sociedade menos desigual, com enfrentamento ao preconceito.

Durante as comemorações, também serão especialmente homenagiados o Prof. Jorge Arruda do Governo de Pernambuco, o Dr. Marco Aurélio do Ministério público de Pernambuco, e Edson Axé, Prefeitura do Recife, Pe. Clovis Cabral , Pontificia Universidade Catótica/pe,Marta Almeida, coordenadora do MNU/PE como baluartes da luta pela dignidade etnico-racial no Brasil.

data: 30 de abril de 2011

local : terreiro de Candomblé do Babalorixá Jurema Da

Balé – na Ilha Joana Bezerra, Coque, 2a travessa Itaguar, 179, Recife-Pe

horário: 21 horas

traje: fum fum (Branco)

PONTO DE REFERÊNCIA: estação do metro JOANA BEZERRA,

Haverá uma pessoa paramentada e com sinalização na estação Joana Bezerra para conduzir os convidados ao terreirro

Mapa Estação Joana Bezerra (Metrô – Linha Centro e Sul)

fones para contato: 81 – 34472546 , 81- 88136979 Professor Rufino

81- 3221 6920 , 81 – 96473310, Professor Manuel

81- 88156979, Pai Jurema

COORDENÇÃO:

JOSÉ ANTÔNIO RUFINO

MESTRE EM TEORIA LITERÁRIA PELA UFPE, PESQUISADOR DO CNPQ,

DOUTORANDO PELO INSTITUDO ÍBERO-AMERICANO DE BERLIM-EM ESTUDOS CULTURAIS,

PEJIGAN DO ILÊ AXÉ OYÀ ORUM BALÉ

MEMBRO REDE NACIONAL AFRO-LGBT/PE

MEMBRO DO MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO-PE

Endereço para acessar currÍculo:

http://lattes.cnpq.br/4743904452968450

(81)94289435 , (81) 34946643, (81) 91957781

[email protected]

Manuel Romário Saldanha Neto

MESTRE PELA UFPE

filósofo, arte-educador, agente sócio-cultural

REDE NACIONAL AFRO-LGBT/PE

MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO-PE

(COORDENADOR DE FORMAÇÃO POLÍTICA)

Endereço para acessar Currículo:

http://lattes.cnpq.br/2489286774040948

(81) 3221 6920 – 96473310

[email protected]

http://pt-br.facebook.com/people/Manuel-Rom%C3%A1rio-Saldanha-Neto/100001404447604

SOBRE OGUM

Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro, senhor dos metais. O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra. Na África seu culto é restrito aos homens, e existiam templos em Ondo, Ekiti e Oyo. Era o filho mais velho de Oduduwa, o fundador de Ifé, identificado no jogo do merindilogun pelos odu etaogunda, odi e obeogunda, representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba ogun.

Ogum é considerado o primeiro dos orixás a descer do Orun (o céu), para o Aiye (a Terra), após a criação, um dos semideuses visando uma futura vida humana. Em comemoração a tal acontecimento, um de seus vários nomes é Oriki ou Osin Imole, que significa o “primeiro orixá a vir para a Terra”.

Ogum foi provavelmente a primeira divindade cultuada pelos povos yorubá da África Ocidental. Acredita-se que ele tenha wo ile sun, que significa “afundar na terra e não morrer”, em um lugar chamado ‘Ire-Ekiti’.

É também chamado por Ògún, Ogoun, Gu, Ogou, Ogun e Oggún. Sua primeira aparição na mitologia foi como um caçador chamado Tobe Ode.

Nosso Sagrado

Artista Plástico e Babalorixá Pai Jurema da Oyá Balé

Comunidade de Joana Bezerra – Coque

NOSSO SAGRADO – EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS,

Arte e Espiritualidade

Falar sobre arte é sempre uma redescoberta. Refiro-me à arte que que toca o homem em sua essência, espelhando a centelha de beleza espiritual presente no cosmo , na natureza e em cada um.

O bom artista conhece as facetas do místico, da natureza e do humana na sua expressão cultural, melhor do que ninguém. Cada atitude, cada gesto, cada consagração e derrota do cosmo natural e humano, é por ele captado e expressado em seu mais íntimo sentido, como essência do transcendental, natural e do cultural. Mas ao assumir seu papel de revelador da alma do mundo, o artista investe no processo seu mais ousado vigor de “ver além”, retratando na arte a emanação do ser, da essência espiritual. Exatamente por isso ele nem sempre é compreendido.

Os grandes artistas, verdadeiros sacerdotes da expressão, provam que a sensibilidade aliada ao talento torna possível “dizer o indizível”, “alcançar o inalcançável”. Espelho da própria busca do ser espiritual, na sua caminhada historica na cultura.

A arte também traz em si formas de meditação e de contemplação. É um refinamento do espírito e para o espírito. Arte é a manifestação de uma essência primeiro meditada pelo artista, depois expressada em uma forma estética, para então ser contemplada não apenas por seu próprio criador, mas por outros seres buscadores de suas próprias essências.

Quando digo arte, considero as diferentes formas de expressão artística humana, determinadas por uma estética específica, mas voltadas essencialmente à busca de uma transcendência.

Para expressar sobre arte e espiritualidade, ninguém melhor do que o babalorixá Jurema da Balé um artista para quem a noção de espiritualidade é tão íntima quanto a própria arte.

ARTE AFRO-BRASILEIRA – NOSSO SAGRADO : OS ORIXÁS

Na mitologia yorubá, Olorun é o Deus supremo dopovo yorubá , que criou as divindades ou semideuses chamados Orixás, guardiões dos elementos da natureza, para representar todos os seus domínios aqui no aye. (em yorubá : Òrìsà; em espanhol :Oricha; em inglês: Orisha). Também existem orixás intermediários entre os homens e o Deus africano, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte.

Os orixás, como tema do sagrado afro-brasileiro, é o tema desta exposição, nela, Pai Jurema da Balé expõe, os orixás mais cultuados em seu terreiro, na sua conotação divina e humana.

Os orixás, enquanto forças naturais, se expressam na cultura humana, revelando e sintetizando, a conexão indissoluvel da trajetória histórica do homem com o natural sacralizado.

A simbologia dos orixás e a formação do Brasil.

o capitalismo implantado em terras brasileiras, pelo elemento português (projeto colonial europeu), teve continuidade pelas oligarquias burguesas nacionais, como forma de estruturação da organização da sociedade , e violenta exploração da mão-de-obra . Esta violenta exploração da natureza e da mão de obra sustentou e sustenta até hoje a formação econômica, social, política e cultural do projeto colonial Brasil, afetando de forma crucial os afro-descendentes e a classe trabalhadora como um todo, fato que urge ser modificado.

A simbologia sagrada dos orixás , como ação prática e ideológica, foi a base da qual se pode identificar a matriz de toda a cultura material e espiritual afrodescendente. A importância de seu estudo e desta exposição de arte dá-se , não apenas como formação espiritual ,religiosa e sagrada , mas como motor material e prático de toda a ação revolucionária africana em terras brasileira; é atraves deste viés culturalista e historico que devemos nos aproximar deste trabalho de arte afro-brasileira, do babalorixá Jurema da Balé e a ele se abrir em toda a sua complexidade simbólica.

Sobre o artista o sacerdote e artista Jurema da Balé:

OS ORIXÁS, FORÇAS DA NATUREZA, FORAM A GRANDE MATRIZ MATERIAL , SIMBÓLICA E ESPIRITUAL ,

A PARTIR DA QUAL EMERGIU E SE FORJOU A MÉMORIA E RESISTÊNCIA DOS POVOS AFRICANOS NA FORMAÇÃO DO BRASIL.

Babalorixá jurema da balé ou severino josé dos santos.

O Babalorixá Jurema da Balé, do Terreiro de Candomblé ILÊ AXÉ OYÁ ORUM BALÉ,localizado na favela Ilha Joana Bezerra e Coque ou Pai Jurema foi iniciado em Quimbanda por Edgar de Odé,.

Pai Jurema é também artista plástico autodidata, intelectual, romancista, gerente da ONG – Ilê aAxé Oyá Orum Balé, conselheiro social na comunidade Ilha Joana Bezerra e Coque, especialista em candomblé.

O terreiro Ile axé oyá orum balé, tem sua historia de constituição como centro religioso afro-descendente, a partir das suas experiências religiosas, tendo sido iniciado pelas influências culturais e religiosas da avó materna de pai jurema da balé, cujo nome de registro em cartório público é severino jose dos santos .

Antes de iniciar-se na religião afro-descendente, nigéria (ketu), pai

jurema teve um grande sacerdote chamado edgar de odé, do sítio de pai adão (recife) , que iniciou pai jurema à própria nação brasileira, que era o nagô, cujo rei é xangô.

iniciação: 14/set/79, na nação nagó com o orixá xangô, ao seguir outra nação virou folha para angola, com nilson d’agodô (1989).

Foi raspado para oyá aguerey – observação: erro de ory – (1989).

Tomou deka com roberto d’ayra (1999),pai jurema tomou deká aos 14 anos de iniciação.

Todo o aprendizado de pai jurema foi ,e é, com o sacerdote edgar d’odé, o que deu inicio à sua vida religiosa no candomblé (1979), passando 7 dias na quimbanda enterrado, só a cabeça de fora, com edgar d’odé e maria balajó (1982).

Depois de ebomy teve a permissão de dar a seu orí, uma vaca, ao orixá balé (2007). Seu Terreiro faz parte do Mapa de Terreiros da Prefeitura do Recife, e do Núcleo Afro da Prefeitura do Recife, estando agora em pleno funcionamento no bairro/favela Ilha Joana Bezerra – Recife.

Pai jurema da Balé, atua na comunidade do Coque e Ilha joana Bezerra como conselheiro e guia espiritual . Coque é uma ilha (Ilha Joana Bezerra) de 133 hectares, na qual vivem aproximadamente 40 mil pessoas, apesar dos dados oficiais (censo 2000) só darem conta de 12, 755 habitantes. A área está, localizada a cerca de 2,5 km do centro da cidade e 3,5 km de Boa Viagem, um dos bairros de maior renda da capital, concentrando hoje grande oferta de serviços, comércio e investimentos imobiliários. Também faz fronteira com a Ilha do Leite, o mais importante pólo médico da capital. A vizinhança com áreas nobres da cidade evidencia as desigualdades e acirra, na mesma medida, os conflitos sociais. É comum, por exemplo, que assaltos registrados nas imediações da Ilha do Leite e de Boa Viagem sejam atribuídos a moradores do Coque.

O Coque surgiu a partir da ocupação irregular da área, sendo a maioria dos seus moradores constituída por famílias que migraram do Agreste e da Zona da Mata. Hoje, O Coque é considerado uma ZEIS (zona especial de interesse social). Apesar disso, a comunidade vem sendo historicamente ignorado pelas políticas públicas. Desde o início do século a posse da área é disputada pelos moradores. Na década de 1940, a situação se agrava com as migrações do interior do Estado e o Governo Federal firma um contrato como município no sentido de garantir o repasse das terras da Ilha Joana Bezerra à população. As terras só vem a ser cedidas em 1978, ainda sob a condição de que fossem realizadas obras de urbanização da área, a fim de incluir a região no plano de desenvolvimento da cidade de Recife. Em 1983, foi votada e sancionada a lei de uso e ocupação do Solo do Recife, que reconhece e institucionaliza 27 assentamentos habitacionais de baixa renda, classificando-os então como ZEIS. De lá para cá ainda não há registro da entrega de nenhum título de posse das terras aos moradores da comunidade.

A qualidade de vida no bairro e o atendimento das necessidades básicas de infra-estrutura, saúde, educação, alimentação e emprego são bastante precárias. 57% da população sobrevivem com renda média mensal aproximada entre ½ e 01 salário mínimo, m índice superior ao do próprio Estado, que tem 53,8% da população nessa faixa de renda, conforme o Mapa do Fim da fome II. É difícil falar em qualidade de vida, na concepção oficial do termo, no Coque: é a região que apresentou o pior índice de desenvolvimento humano (IDH-M), de acordo com o Atlas do Recife. Tem apenas 68,9% de seus domicílios com água encanada (bairros como o Derby têm 99.45%) e menos de 1% da área possuí saneamento básico. O Coque tem o maior número de mães entre 15 e17 anos – 30% das meninas nessa faixa tem pelo menos um filho -, um número também muito maior que a média de Recife que é de 8%.

Os jovens constituem 13% da população da comunidade. Entre eles, a falta de acesso a educação é flagrante: dos jovens entre 15 e 17 anos 12% são analfabetos e menos de 60% estão na escola. Entre aqueles que têm entre 18 a 24 anos o índice de analfabetismo é ainda maior, beirando os 13%, e apenas 0,8% deles completou 12 anos de estudo. Universitários? Dos 48 mil habitantes do Coque estima-se que haja uns 10, segundo Aurino Lima, um dos fundadores do Núcleo Educacional Irmãos Menotes de Francisco de Assis (NEMFA), uma ONG que atua na comunidade desde 1987.

Contrastando com o quadro de pobreza em que vive o Coque, o interesse imobiliário cresce rapidamente, já que a área é muito bem localizada. Em função disso, muitos moradores do Coque já temem por uma uma “expulsão branca”. Ao redor da comunidade surgiram nos últimos anos o complexo hospitalar Hope-Esperança (que deu origem ao pólo médio do Recife), o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano (conhecido como “fórum do Recife”, o “coração” do judiciário pernambucano) e o espaço da AACD – Associação de Assistência à Criança Deficiente. Estão previstas ainda a implantação de outros equipamentos públicos na região. Um deles é a nova sede da Ordem dos advogados Brasil, que ficará na área próxima ao fórum, além do Procon e da Assistência Judiciária Municipal. A implantação de tais equipamentos tem por objetivo incentivar a instalação, nas imediações, de cartórios, escritórios de advocacia e outros empreendimentos similares.

A luta de Pai Jurema tem sido pela manutenção das Tradições africanas e afrodescendentes, é esta mesma pratica e ética que forja junto à comunidade a resistência para lutar contra a dominação e por seus direitos negados, em pleno século XXI.

 

Fonte: Lista Racial

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