Obama sofre pressão do Congresso e da opinião pública dos EUA

 

As investigações sobre o caso Bengazi, as denúncias de espionagem telefônica contra jornalistas da agência Associated Press (AP) e de irregularidades no Serviço de Impostos Internos, mantêm o presidente Barack Obama sob intensa pressão.

O congressista democrata e chefe do comitê de supervisão na Câmera de Representantes, Elijah Cummings, pediu audiências públicas no Capitólio para esclarecer o que já alguns jornais estadunidenses denominam o escândalo sobre o atentado do consulado, em Bengazi, no dia 11 de setembro de 2012.

No ataque morreram quatro servidores públicos diplomáticos estadunidenses, entre eles o embaixador em Trípoli, Christopher Stevens.

Outro caso que mantém Obama apreensivo é a denúncia da interceptação entre abril e maio de 2012 de dezenas de linhas telefônicas usadas por pelo menos 100 jornalistas da AP, o qual foi qualificado pela dita agência de imprensa como uma intromissão em massa e sem precedentes.

Está previsto que o promotor-geral, Eric Holder, participe na próxima sexta-feira em uma audiência do Comitê Judicial da Câmera de Representantes, na qual é muito provável que enfrente sérios questionamentos sobre o tema.

A escuta das linhas telefônicas foi realizada após a publicação de uma reportagem sobre uma operação da Agência Central de Inteligência (CIA) que deveria supostamente desmontar um plano terrorista no Iêmen contra uma aeronave estadunidense.

O Serviço de Impostos Internos (IRS, por suas siglas em inglês) admitiu na semana passada que exagerou sua supervisão em matéria tributária contra organizações conservadoras ligadas ao Partido Republicano e ao movimento ultradireitista Tea Party.

Obama pediu uma investigação sobre o fato, disse que soube pela primeira vez sobre este caso por meio da mídia e qualificou de ultrajantes as ações ilegais da agência federal.

Legisladores republicanos exigem de Obama a expulsão do atual comissionado em funções do IRS, Steven Miller, e introduziram um projeto de lei que ratifica a necessidade de sancionar os empregados da agência que violem os direitos constitucionais dos contribuintes.

O congressista republicano e presidente do Comitê de Supervisão da Câmera de Representantes, Darrell Issa, criticou Obama nesta terça-feira por sugerir que sua administração pode levar a cabo uma investigação imparcial sobre a polêmica em torno das irregularidades do IRS.

Issa destacou o fato de que a agência federal atacou os adversários políticos do mandatário, pelo qual a investigação sobre o tema deve ser aberta e transparente para o povo estadunidense, e acrescentou que o escândalo é muito maior do que pode admitir a Casa Branca.

A liderança republicana unirá o escândalo de Bengazi com as supostas violações do IRS para montar uma situação mais difícil para este segundo mandato de Obama e, portanto, afetar as possíveis intenções eleitorais da ex-secretária de Estado Hillary Clinton para as eleições de 2016, destacou nesta terça o jornal USA Today.

As audiências em torno do atentado em Bengazi têm tido pouca repercussão no público estadunidense, mas as irregularidades cometidas pelo IRS contra grupos conservadores se constitui um tema de interesse para o cidadão médio, adverte o jornal.

 

Fonte: Vermelho

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