ONU alerta para ameaça de racismo durante as Olimpíadas

 

Eleutério Guevane, da Rádio ONU

O relator da ONU sobre o Racismo, Mutuma Rutere, considerou que o fenômeno é um grande problema nos esportes e pode manchar as Olimpíadas de Londres, caso não seja resolvido urgentemente.

Em informe apresentado, nesta terça-feira, ao Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra, Rutere citou recentes incidentes ocorridos nos jogos do Campeonato Europeu de Futebol 2012, realizados na Ucrânia e na Polônia.

Cenas de Violência
Rutere alertou para o que chamou “cenas de violência e de racismo”, como indícios de que mais deve ser feito para vencer as tendências de discriminação verificadas na área.

De acordo com o relator, a presença de grupos extremistas, incluindo os neonazistas e cabeças-raspadas, em eventos esportivos levanta graves preocupações.

O especialista acrescentou que não devem ser tolerados símbolos neonazistas, slogans e cartazes exibidos durante as partidas de futebol, além de hinos racistas dirigidos a jogadores ou simpatizantes de origem africana.

Internet

O pronunciamento salienta que a educação, em geral orientada para os direitos humanos, continua sendo uma “ferramenta essencial na luta contra a influência dessas ideologias entre os jovens.”

Um apelo foi lançado aos governos para intensificar a luta contra o racismo no esporte, para que a prática reforce a promoção da diversidade cultural nas próximas Olimpíadas.

Medidas
Para o evento, que ocorre no fim deste mês em Londres, Rutere considerou essencial que novas medidas preventivas sejam tomadas para evitar incidentes racistas cheguem a todas partes do mundo.

O relator referiu que a internet tornou-se vital no exercício da liberdade de expressão, mas também “uma nova arena para a propagação de ideias racistas, a difusão das suas ideologias e incitamento ao ódio racial.”

O discurso pede ainda a atenção dos Estados para os primeiros sinais de racismo, acrescentando que se o fenômeno não for tratado como tal “pode levar a conflitos e a graves violações dos direitos humanos.”

 

 

 

Fonte: Mercado Ético

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