Organizações do movimento negro e entidades da sociedade civil vão divulgar em breve um manifesto em apoio ao projeto de lei que trata da taxação de super-ricos e da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.
O documento, que será entregue ao Congresso, propõe a inclusão de uma emenda para que o projeto estabeleça a avaliação periódica dos impactos da política tributária sobre desigualdades raciais e de gênero.
O grupo destaca que, no topo da pirâmide, a reforma alcançará apenas 0,15% mais ricos da população, em sua maioria homens brancos que auferem mais do que R$ 1,2 milhão por ano. O manifesto aponta ainda que eles concentram 14,1% da renda nacional, mais do que os 50% mais pobres juntos.
Diz o documento:
“Defendemos o PL 1087/2025, com a inclusão de uma emenda ao seu artigo 3º, com a ampliação do escopo da avaliação periódica que considere o impacto da nova norma na promoção da igualdade entre homens e mulheres, bem como entre os diferentes grupos étnico-raciais. O objetivo da medida é criar instrumentos para mensurar, corrigir e superar as distorções raciais e de gênero da política tributária brasileira. Porque justiça se faz com dados, com transparência e com coragem”
O texto é assinado por mais de 20 entidades, como o Instituto de Referência Negra Peregum, o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), Geledés – Instituto da Mulher Negra, Oxfam Brasil e Uneafro Brasil.
Leia também: Manifesto por uma Tributação Justa e Reparadora