dizem que antes do fim do mundo, receberíamos alguns sinais. o mundo, antes de chegar ao fim, ficaria de pernas para o ar.
Por Lelê Telis Do Brasil247
assim o vejo hoje. o fim deve estar próximo.
dizem que a maconha pode ser a cura para o câncer. mas o diabo é que Bob Marley morreu de câncer.
na Bolívia – tome nota leitor atento – um índio fez o país, finalmente, entrar para a civilização.
já nos Esteites, o primeiro presidente negro da história daquela nação, vê o seus irmãos de cor serem humilhados pelos seus comandados. parece que botaram um preto na casa branca só para meterem porrada nos pretos sem remorsos.
hoje, nos Esteites, há mais negros encarcerados do que haviam nas fazendas de algodão. os libertaram para prendê-los.
os roqueiros, isso nem um profeta previu, se mostraram uns burguezóides reacionários e o papa – veja se não é um sinal – caminha pelo mundo pregando o comunismo: terra, trabalho e teto.
no Brasil, terra do jabuti e da jabuticaba, o nosso parlamento, que era uma feira livre, gourmetizou-se, e agora vai virar um shopping. não sem antes se transformar em um templo evangélico.
vivemos em um presidencialismo parlamentarista, seja lá o que diabo isso queira significar.
o PT, veja que curioso, fez o maior petêco com a sua história. o partido que antes abrigara Chico Mendes, hoje não briga mais com Kátia Abreu, a rainha da motosserra.
Joaquim Levy, empedernido conservador, é a nova estrela do governo popular. o mesmo governo que, talvez por sua incapacidade de se auto destruir, paga uma grana altíssima para que a mídia o faça.
um político do PSC, o reacionário partido dos peixinhos, toma o microfone na tribuna e faz o mais brilhante discurso do ano, de esquerda, em favor – veja aí o rabo de seta do capeta – da democracia, do direito das minorias, contra os partidos de direita e em defesa do PT.
só faltou exigir que voltemos a ser um estado laico.
madames invadem suas cozinhas, atrás de panelas, e vão às varandas para chorar de barriga cheia.
no futebol, os brasileiros comemoram a data da derrota para a Alemanha e os alemães, não.
com mil diabos.
o chefe de jornalismo da Rede Globo escreveu um livro afirmando que nós, brasileiros, não somos racistas. pois não é que o seu jornal teve que defender uma jornalista vítima do mais abjeto racismo?
e a presidenta da Associação Nacional dos Jornais, afirmou, na cara dura, que a mídia velha é o verdadeiro partido de oposição no Brasil. em seguida, aécio (grafemos em minúscula), o nosso napoleão de hospício, afirmou fazer oposição ao Brasil.
um juiz justiceiro fez o que quis a mídia e foi chamado de batman; o partido de Judith Brito o lançou como candidato à presidência. agora, um outro juiz justiceiro, que igualmente atendeu à demanda de dona Judith, é também lançado como candidato.
talvez montarão um partido da liga da justiça, e os dois juízes justiceiros, batman e robin, formarão a dupla dinâmica de 2018.
sinto cheiro de enxofre. o efeito estufa aquece a terra. no apocalipse diz que o mundo terminará em brasa.
farei um churrasco na boca de um vulcão, enquanto assisto ao grotesco e último espetáculo de irmão matando irmão, pai matando filho, cadeirante espancando muletado, amigos virando inimigos.
enquanto isso, em uma remota ilha do Atlântico Sul, focas estupram pinguins.
e INRI Cristo, o filho do pai, anda por aí, fagueiro, com o seu patinete elétrico.
Palavra da salvação.