O cinema brasileiro e em especial o da cidade de São Paulo ficou mais triste com a morte de Leon Cakoff, o idealizador da mais importante Mostra Internacional da sétima arte da América Latina.
Num país em que a indústria cinematográfica ainda busca caminhos para manter-se ativa, formar e atrair público, Cakoff encontrou o nicho perfeito para exercer seu faro de crítico, jornalista, empreendedor, articulador e um bom negociante. Tudo junto e misturado.
Depois de mais de 30 edições, o evento que atrai milhares de cinéfilos de todas as faixas etárias tem a sua continuidade garantida. Transformou-se num negócio bem estruturado e de prestígio, que deve envolver dezenas de profissionais e muitos meses de preparação.
A partir de 20 de outubro começará a edição 2011. Tem gente que tira férias do trabalho nesse período para assistir a todos os filmes. Outros preferem ver as fitas que já se destacaram em outros festivais e os aficionados se prepararão para aquelas obras que jamais passarão no circuito comercial. Com uma diversidade enorme de títulos é difícil não encontrar alguns que agradem.
É provável que o Leon tenha deixado tudo preparado para quando a partida chegasse. Como ele vinha se tratando de um câncer descoberto há quase uma década, tomara que tenha tido tempo para se despedir e, quem sabe, deixado pelo menos um argumento pronto para as pessoas que tocarão as Mostras daqui para frente.
Para o criador da Mostra que vinha lutando bravamente para vencer a doença, o seu filme chegou ao “The end” e a partir de agora suas estreias acontecerão em outras salas de espetáculo. Os que aqui ficaram sempre serão gratos por tudo o que ele fez pelo nosso cinema. Tchau!