por Leno F. Silva para o Portal Geledés
Muito já se falou sobre “O Artista”, eleito o filme do ano pela Academia de Ciências Cinematográficas de Hollywood. Além dessa importante categoria, ele papou também os troféus de Direção (Michel Hazanavicius), Trilha Sonora (Ludovic Bource), Figurino (Mark Bridges) e Ator (Jean Dujardin). Nada mal para uma obra em preto e branco, de roteiro água com açúcar e que homenageia o cinema mudo.
É provável que o conjunto de premiações aumente a frequência nas salas de exibição. Isso será bom porque poderá mobilizar públicos novos para ver um filme que, pelas características, talvez não suportasse tantas semanas em cartaz.
“O Artista” desbancou os “cinemões” da indústria norte-americana, o bonitão e ótimo ator George Clooney e, ainda, consagrou o cãozinho que salvou a vida do personagem George Valentine, em uma das cenas mais “dramáticas”. Desta vez o George da ficção sagrou-se o vencedor, pela escolha dos especialistas.
Nesses tempos em que o número de animais de estimação cresce sistematicamente, movimentando um mercado que fica cada dia mais sofisticado, Uggie, o cão simpático, que além de participar das produções estreladas pelo seu proprietário, era tratado como um membro da família e, não por acaso, esteve presente na cerimônia do último domingo, com direito a uma mini-estatueta “Oscariana” pendurada na sua coleira.
Tudo indica que para aguentar a maratona de compromissos, o simpático animal tenha recebido cuidados especiais de uma equipe multiprofissional, com massagens anti-stress, sessões de terapia com psicólogo canino, serviços de beleza para unhas, pelos e banhos aromatizantes; direito a hospedagem em hotel cinco estrelas, alimentação balanceada, entre outros mimos dedicados às grandes estrelas do cinema. E como o tempo para discurso era muito restrito, ele não precisou, falar, ou melhor, latir. Por aqui, fico. Até a próxima.
