Outras impressões, manifestações livres sobre qualquer assunto – O consumidor natalino

por Leno F. Silva para o Portal Geledés

Neste feriado de comemoração à Proclamação da República, pelo menos em São Paulo, o dia foi chuvoso, o que provocou a antecipação do retorno daqueles que escolheram esticar o feriado na praia ou no campo. Quem decidiu ficar na cidade, o jeito foi correr para os shoppings, ilhas de comércio sedentas para atrair, deste já, o consumidor natalino.

Faltam 45 dias da chegada do Papai Noel. O apelo às compras impera em todo o país, como também a disputa para captar as economias da população ou alguma sobra financeira que permita garantir a aquisição dos presentes desejados pelos entes queridos.

Diferente de alguns países europeus o Brasil encontra-se numa situação financeira estável. Embora os percentuais de crescimento de alguns setores ficarão abaixo das expectativas, é provável que fechemos o ano com superávit. Já no campo político, mais uma vez a corrupção ganhou destaque e se transformou no grande incômodo da presidente Dilma, que foi obrigada a trocar seis ministros desde o início do seu governo. Como o ano ainda não terminou e, Carlos Lupi, chefe da pasta do trabalho, subiu no telhado, poderemos ter mudanças antes do Reveillon. .

Esse é o retrato da nossa jovem democracia, ferida pelas estruturas de desvios de recursos instalados nas mais diversas instâncias do poder, que avança e deve se consolidar num processo que poderá levar várias gerações. No curto e no longo prazo, caberá à sociedade participar mais da vida política, escolher melhor seus representantes, acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos; protestar e pressionar todas as esferas lembrando que aqueles que exercem cargos públicos estão lá a serviço de todos nós.

Num piscar de olhos daremos adeus a 2011 e entrando num novo ano que promete muita agitação, com as realizações das eleições municipais. Pelos movimentos que estão ocorrendo, os pleitos serão repletos de costuras pragmáticas as quais garantirão as vitórias imediatas, mas ainda sem qualquer preocupação com projetos de governo que desenhem os rumos de longo prazo para as nossas cidades, o nosso o país e, principalmente, para os nossos cidadãos.

Para a indústria automobilística 2012 praticamente ficou para trás. Numa velocidade estonteante os carros envelhecem cada vez mais depressa e o ritmo de produção só aumenta, mesmo quando faltam ruas nos grandes centros para que os modelos último tipo tenham espaço para circular a 120 km por hora. Até a próxima.

+ sobre o tema

“É uma reforma da Previdência muito perversa com as mulheres”

Ao mesmo tempo em que dificulta o acesso à...

Somos todos Maju?

O que as hashtags #somostodos... mobilizam? O advento das...

17/09 – Na BA, Jaques Wagner tem 53%, e Paulo Souto, 16%, diz Datafolha

Pesquisa foi realizada na segunda-feira (13) e na terça...

Somos governados pelos números?

Vivemos em uma era em que pululam, por todos...

para lembrar

Pesquisadores negros depõem na CPI da Violência Urbana em Brasília

Fonte: Jornal Ìrohin Por Jamile Menezes “Nós não nascemos...

Amílcar Cabral é o segundo maior líder da história

O ideólogo das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde,...

Linhas Periféricas: registro de um novo amanhecer na periferia

Mais uma bela página na história da periferia paulistana....

Ministra Cármen Lúcia toma posse como ministra efetiva do TSE

Fonte: JusBrasil - A ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha...

Em 20 anos, 1 milhão de pessoas intencionalmente mortas no Brasil

O assassinato de Mãe Bernadete, com 12 tiros no rosto, não pode ser considerado um caso isolado. O colapso da segurança pública em estados...

CPMI dos Atos Golpistas: o eixo religioso

As investigações dos atentados contra a democracia brasileira envolvem, além dos criminosos que atacaram as sedes dos três Poderes, políticos, militares, empresários. Um novo...

Como pôr fim ao marco temporal

A tese do marco temporal, aprovada na Câmara nesta terça-feira (30), é ancorada em quatro pilares: genocídio, desinformação, atraso e inconstitucionalidade. Dos dois últimos, deve-se dizer...
-+=