Países africanos isolarão áreas com casos de ebola

O surto de ebola, o mais grave registrado desde a descoberta da doença em 1976, já infectou 1.323 pessoas desde março, das quais 729 morreram

As autoridades de Guiné, Libéria e Serra Leoa anunciaram que vão isolar as áreas que concentram 70% dos casos de ebola e que poderão restringir a circulação de pessoas, segundo um comunicado oficial divulgado neste sábado (2).

Os três países mais castigados pela epidemia concordaram em isolar as cidades e aldeias nas regiões fronteiriças que concentrem mais de 70% dos casos de ebola registrados. A quarentena será controlada pela polícia e pelas Forças Armadas.

Poucas horas antes, a diretora geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, alertou que os países afetados pela epidemia poderiam ser obrigados a restringir a circulação de pessoas e a utilizar suas forças policiais para proteger o trabalho das equipes de saúde.

O surto de ebola, o mais grave registrado desde a descoberta da doença em 1976, já infectou 1.323 pessoas desde março, das quais 729 morreram.

Voos suspensos
A companhia aérea Emirates suspendeu aos voos para a Guiné a partir deste sábado por tempo indeterminado devido aos casos de ebola no país. “A segurança dos nossos passageiros e da tripulação não será comprometida”, diz o comunicado da empresa.

Seguindo orientações da IATA, associação que reúne as empresas aéreas, e da OMS (Organização Mundial de Saúde), várias companhias e aeroportos passaram a examinar passageiros de voos vindos do oeste da África.

Segundo a OMS, caso uma pessoa infectada pegue um voo, o risco para os demais passageiros é baixo, pois o vírus não se propaga pelo ar, mas apenas por contato direto com o sangue e os fluidos corporais de pessoas e animais infectados

O ebola causa hemorragias graves e sua taxa de mortalidade chega a 90%. A epidemia já matou 339 pessoas na Guiné, 233 em Serra Leoa e 156 na Libéria. Também há o registro de uma morte na Nigéria.

Americanos resgatados
Dois americanos infectados com o ebola serão levados para os Estados Unidos em voos especiais. Eles serão isolados e tratados em um hospital em Atlanta. O primeiro deles deve retornar ao país neste sábado.

As autoridades de saúde disseram que a chegada deles não traz riscos para a população americana.

Fonte: O Tempo

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