Primeira atriz negra fará papel de Cinderela na Broadway

 por Maitê Brusman

O mundo dos contos de fadas acaba de ganhar uma surpresa na Broadway. Pela primeira vez, uma atriz negra fará o papel de Cinderela no circuito teatral de Nova York. A escolhida foi Keke Palmer, cantora, apresentadora e principal atração da série da Nickelodeon “True Jackson”.

“É honestamente uma daquelas coisas difíceis de acreditar que estão acontecendo. Estou tão empolgada e nervosa. São muitos sentimentos juntos”, disse a atriz, que estreará nos palcos com o papel, à Associated Press. “O teatro oferece muito mais do que eu fiz com filmes e televisão. Estou muito ansiosa para manter o foco e a dedicação necessários para cada apresentação.”

Aos 21 anos, Palmer substituirá a a atriz Paige Faure, que herdou a vaga da cantora canadense Carly Rae Jepsen, do hit “Call me maybe”. Ela ficou conhecida por ser a protagonista de “True Jackson”, além dos papéis coadjuvantes em “Masters of sex” (como Coral) e “Barrados no baile” (Elizabeth). Ela também tem um programa próprio, o talk show “Just Keke”.

Os pais da artista, Sharon e Larry Palmer, trabalharam como atores profissionais, e ela cresceu vendo suas atuações. No entanto, ela foi selecionada por seus múltiplos talentos.

“Ela atua lindamente, dança, canta. É uma jovem incrível”, disse a produtora Robyn Goodman, vencedora do prêmio Tony, o principal da Broadway. “Acho que ela vai ser adorável neste papel.”

Segundo Palmer, uma de suas heroínas é a cantora e atriz negra Brandy Norwood, que foi Cinderela em um filme de televisão com Whitney Houston.

“Sinto que a razão de eu estar assumindo o papel é justamente por ter visto Brandy fazê-lo na TV. Isto mostra que tudo é possível.”

Cinderela é mais uma das novidades da Broadway em termos de raça. Além de dar cada vez mais espaço a atores de origem latino-americana e asiática, títulos como “O fantasma da ópera”, “Os miseráveis”, “Aladdin” e “Romeu e Julieta” têm destacado artistas negros.

Escrito para TV e lançado em 1957, o musical de Rodgers e Hammerstein foi encenado três vezes nas telinhas, e estrelou na Broadway com diferentes elencos desde 1958.

Fonte: Vale do Sol 

+ sobre o tema

O Candombe afro-uruguaio: “Por quem os tambores chamam”

Escravos Ngolas, Benguelas, Congos e Nganguelas chegaram ao Uruguai...

Comissão do Congresso dos EUA discute reparações históricas por escravidão negra

Audiência ressalta "desigualdade persistente" e políticas de segregação que...

para lembrar

Cantor Felipe Dylon e atriz Aparecida Petrowick anunciam casamento

Felipe Dylon e Aparecida Petrowky vão se casar em...

Primeira Caminhada pela Diversidade Religiosa da Baixada Fluminens

Nossa amiga; irmã Adriana Odara Martins Convida a todos vcs para Primeira...

Léo Santana homenageia líderes de povos, raças e religiões no Carnaval 2012

No carnaval deste ano, o cantor Léo Santana fará...
spot_imgspot_img

Documentos históricos de Luiz Gama são reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela Unesco

Documentos históricos de Luiz Gama, um dos maiores abolicionistas do Brasil, foram reconhecidos "Patrimônio da Humanidade" pela Unesco-América Latina. Luiz foi poeta, jornalista e advogado...

Tia Ciata, a líder antirracista que salvou o samba carioca

No fim da tarde do dia 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks recusou-se a levantar da cadeira no ônibus, para um branco sentar...

Diva Guimarães, professora que comoveu a Flip ao falar de racismo, morre aos 85 anos em Curitiba

A professora aposentada Diva Guimarães, que emocionou milhares de brasileiros ao discursar sobre preconceito durante a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de...
-+=