Depois de 12 anos de escravidão, O Nascimento de uma Nação, Django e mais uma porrada de filmes bons, mas que retratavam o negro como escravo e cativo do homem branco, é um alivio ver um filme como Pantera Negra.
Por Edilson Cândido Rezende Do Cabana do Leitor
O significado desse filme é muito além de um mero filme de herói, de lutas de negros contra o racismo que se sofre,não só no Brasil (uma das nações mais democráticas do mundo) mas também no estigma que temos sobre um dos lugares mais lindos e pobres do mundo, a África.
Certo, o continente africano sempre foi usado como referencia de pobreza e miséria, mas antes (não darei aqui uma aula de historia até porque os livros de historia das escolas ignoram essa parte), Mansa Musa (um imperador africano) foi um dos grandes da historia, historiadores e economistas ainda não conseguiram estimar quantos trilhões de dólares a fortuna do governante valeria hoje. Trilhões, sim. Em uma lista da Time de 2015, o Imperador Augusto César aparece em segundo lugar com US$ 4,6 trilhões. Infelizmente a historia seja das faculdades, ou dos ensinos médios e fundamental ignoram este que para muitos só foi um dos personagens do jogo Civilization.
É bonito ver uma África bonita, bem vestida e tecnologicamente avançada em mundo aonde o cinema se banha cada vez mais na historia já recontada, Pantera Negra é um filme que pode abrir muitas portas “mas eu sou DC…” legal brother, mas um filme bem feito do Pantera Negra pode abrir portas para produções de filmes como Cyborg e até mesmo do Super Choque, então a questão aqui não é Marvel ou DC mas o quanto a cultura negra raiz pode ser também vista como grande negocio para Hollywood, e consequentemente para os fãs de quadrinhos.
Negros não servem apenas para serem escravos ou empregados em filmes e novelas, mas também para serem reis.
O CDL fara um evento do Pantera Negra no Rio, não perca!