‘Papai Noel negro’ passa por cima de racismo para ajudar no Natal e encerrar debate sobre cor da pele

 

Após polêmicos episódios sobre qual seria a etnia do Papai Noel, os Estados Unidos tomaram conhecimento de um caso de um “Papai Noel negro”, que passou por cima das questões de raça para colaborar com o Natal de pessoas carentes e ajudar a encerrar o debate sobre a cor da pele.

De acordo com o jornalista J. Lee Grady, o homem fantasiado com as roupas do clássico personagem natalino estava em supermercado recebendo doações, que seriam repassadas pelo Exército da Salvação a necessitados.

Grady ressalta que “não é o primeiro homem negro que ele vê vestido de Papai Noel” para ajudar pessoas carentes e este exemplo, como muitos outros, podem ficar de lição e de alerta, de que controvérsias sobre etnia são uma mistura de preconceito com impedimentos desnecessários diante de ações mais importantes, como a filantropia.

Para o jornalista, não se deve polarizar raças de nenhuma forma, sobretudo se há alguém com a intenção de ajudar, vestindo uma fantasia que cativa tanto as crianças. Ele ainda observa que este tipo de discussão sequer deveria ter início, principalmente após a morte recente do líder sul-africano Nelson Mandela, no último dia 5 de dezembro.

“É muito cedo depois do funeral de um pacificador, como Nelson Mandela, para os americanos chegarem a uma discussão tão polarizada sobre raça”, resume Grady ao citar a importância de Mandela, ex-presidente da África do Sul, que antes de chegar ao poder gerou uma enorme revolução no país por lutar contra o regime de segregação.

O “Papai Noel negro” surgiu logo após dois casos recentes de discussão racial. A princípio, um professor em Rio Rancho, sudoeste dos EUA, disse a um aluno que seu pai não podia se fantasiar de Papai Noel, por ele ser negro e o personagem natalino ser branco.

No segundo episódio, uma apresentadora do canal Fox News destacou que as crianças deveriam saber que Jesus Cristo era branco e que Papai Noel não poderia ser afro-americano, por serem personagens históricos com características propriamente estabelecidas.

Ambas as situações foram repudiadas através de redes sociais e debates abertos na imprensa, que consideraram a discussão desnecessária e fora de hora, como o caso de Grady, que questionou a necessidade da população “aprender a deixar o passado para trás e aceitar um ao outro”, resume o colunista.

 

 

Jesus não era branco: a jornalista americana que ressuscitou o debate sobre a cor da pele de JC

 

 

Fonte: Christian Post

 

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