Para Ana Estela Haddad, primeira-dama é termo anacrônico

Casada há 24 anos com Fernando Haddad, com quem tem dois filhos, Ana Estela, 45, afirma não se sentir à vontade como primeira-dama. “Para mim, é um termo antigo e anacrônico, dentro de uma visão patriarcal e estereotipada.”

Sempre vestindo um figurino clássico –cores discretas, poucas estampas, cortes retos–, acompanhou o marido nos principais eventos da campanha.

A família vive em um apartamento de 200 metros quadrados, no Paraíso. Música erudita, Chico Buarque e bossa nova estão entre as preferências do casal.

Ana Estela é livre-docente em odontologia pela USP, onde graduou-se e concluiu mestrado e doutorado.

Participou da formulação de políticas públicas nos ministérios da Saúde e da Educação e da concepção do programa de governo do marido. Ainda não sabe como participaria da nova gestão: “São muitas possibilidades”.

Para ela, Haddad é “inteligente, intuitivo, coletivo”. Tão focado, diz, que acaba não se debruçando nos assuntos do cotidiano. Em resumo, “cuidar da casa e dos filhos é comigo”.

O texto acima é da Folha de S.Paulo. Pelo visto o diário dos Civita ainda não entendeu que lugar de mulher é na política e que, mais do que de moda, a mulher de um chefe público deve saber mesmo é ajudar a construir um país mais justo e democrático para todos.

Muito bem Ana Estela! Primeira-dama é coisa do passado! Mais do que “enfeitar” os homens públicos, as mulheres de hoje sabem fazer o futuro.

Fonte: Correio do Brasil

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