Ela é luz. No presente mesmo. Porque o feito dela é eterno. Mesmo que pouco tenha sido feito para deixá-la na memória. Ela foi largada ao esquecimento, mas isso é insuficiente. Porque Melânia Luz está na história. E é a história da primeira negra brasileira a disputar os Jogos Olímpicos que o Esporte Espetacular conta no segundo episódio da série Pioneiras.
Quem conta a história de Melânia Luz, que morreu em 2016, é o neto Thiago. Aos 20 anos de idade, a avó dele fez parte da primeira equipe feminina de atletismo do país em uma edição olímpica. Ela foi uma das onze brasileiras a competirem em Londres 1948. Eram seis as mulheres do time de atletismo. Melânia disputou os 200 metros rasos e ficou em quarto lugar nas eliminatórias. Também ficou em quarto com a equipe do revezamento 4x100m. O tempo do time brasileiro significou o novo recorde sul-americano da prova.
Filha de um policial e uma dona-de-casa, Melânia herdou deles o amor pelo São Paulo Futebol Clube. Ela trabalhou como técnica de laboratório e treinava nos finais de semana com a camisa tricolor. Além dos Jogs de Londres, ela ainda defendeu o Brasil em campeonatos sul-americanos, nos quais subiu ao pódio. Mesmo assim, ainda é difícil encontrar arquivos das conquistas e dos feitos de Melânia Luz.
Além da história de Maria Lenk, contada no primeiro episódio, também no Esporte Espetacular, e de Melânia Luz, a série Pioneiras mostra no próximo domingo a história de Jackie Silva e Sandra Pires, as primeiras campeãs olímpicas brasileiras nas Olimpíadas, nos Jogos de Atlanta 1996.