A Poética da Esperança, um relato sobre trajetórias e memórias de Nelson Mandela

Em continuidade à série Pesquisa em Destaque, conversamos com a Cristiane Mare, sobre dois trabalhos seus – Trajetórias e memórias de Madiba: Somente homens livres podem negociar e O lugar da tradição nos discursos políticos de Nelson Mandela – submetidos ao II Congresso das/os Pesquisadoras/es Negras/os da Região Sul (II COPENE Sul).

A entrevista focou-se no histórico do líder sul-africano Nelson Mandela que foi um dos mais importantes sujeitos políticos contra o regime do Apartheid, na África do Sul, e que se tornou um ícone internacional na defesa da justiça social.

Confira agora, esta entrevista!

Galoá – Para começar a entrevista, gostaria de pedir que resumisse um pouco de sua pesquisa. O nome e o papel de Nelson Mandela no fim do Apartheid são conhecidos de todo o mundo, mas pelo que li nos dois artigos que você publicou com o Galoá, você critica o recorte que é feito da vida dele, o “mito”. Pode falar mais sobre a sua perspectiva sobre Nelson Mandela e o que você gostaria de trazer a tona?

Cristiane Mare – Sou a pesquisadora Cristiane Mare, graduada em Letras/Espanhol pela UNOESTE (2006), mestre em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2016). Minha dissertação intitulou-se “A Poética da Esperança: Sentidos Políticos nas Memórias de Nelson Mandela”. Essa produção acadêmica teve como objetivo evidenciar que a política desenvolvida por Nelson Mandela, desde 1990, quando sai da prisão, e depois, ao assumir a presidência do país, reelabora e renova a arte política nascida na Modernidade ocidental, pois é fruto de um mergulho nas tradições locais e em suas atualizações. Capaz de produzir um fazer político, que tornou possível a transição do Regime do Apartheid para a Democracia na África do Sul.

Constitui um ponto estruturante do trabalho refletir sobre o que a África tem a nos ensinar, na produção de vias políticas decoloniais, em especial através da experiência do líder sul-africano Nelson Mandela, em suas práticas governamentais no enfrentamento ao colonialismo e na busca de ferramentas que permitissem a desmontagem de um sistema colonial e racial.

Durante a elaboração da pesquisa, as biografias possibilitaram perceber/apreender as pluralidades do líder do século XX. O mesmo homem, símbolo das vias pacíficas durante a transição na década de noventa, organizou nos anos 50, o braço armado do ANC, o Congresso Nacional Africano. O Ocidente no ofício de selecionar o que deve ser lembrado e perpetuado, parece esquecer sua permissão para que Mandela e milhões de sul-africanos fossem exilados em seu próprio país. Nos duros tempos do Apartheid, jornais e revistas se dirigiam a ele como terrorista ou o Pimpinela Negro. Portanto, Madiba (o modo mais comum pelo qual os sul-africanos se referem a Mandela) não pode ser visto como um retrato fixo ou congelado em um tempo homogêneo e vazio, pois é um homem repleto de atualidades. O que se procurou enfatizar na dissertação foram as várias facetas e a humanidade deste líder, intelectual, militante, preso político e presidente de seu país.

É bastante conhecido o processo do desmonte do Apartheid e da subsequente presidência de Mandela, mas se conhece menos a respeito da sua vida antes de ir para a prisão. Pode contar mais sobre as origens de Mandela, sua infância e os seus primeiros passos no movimento político?

Sua infância e juventude foram vividas no interior, em Mvezo, uma pequena aldeia às margens do rio Mbashe, no distrito de Umtata, em Transkei, na África do Sul, marcadas pela observação e costumes de seu clã. Seguindo as coordenadas geográficas de Mandela, Transkei fica a quase 1.300 quilômetros ao leste da Cidade do Cabo, quase novecentos quilômetros ao sul de Johanesburgo, e está entre o Rio Kei e a divisa com Natal, entre as Montanhas acidentadas de Drakesberg ao norte e as águas azuis do Oceano Índico ao leste. (MANDELA, 2012,1).

As narrativas em relação a sua infância e ao modo como estes valores repercutiram em seus caminhos proporcionaram outras interpretações para os conflitos políticos dos quais enfrentaria em seu percurso. Ademais, podem nos dar pistas de um sujeito que pôde fugir das artimanhas da dominação ocidental, mesmo recebendo uma educação escolar que, ao impor práticas de representação, exclui os saberes das demais comunidades culturais. Assim, as suas experiências vividas em sua infância e juventude foram fundamentais, pois se desenvolveu dentro de um espaço político/filosófico comunitário,

“Depois do jantar, ouvíamos extasiados minha mãe ou minha tia contando histórias, lendas, mitos e fábulas que vinham atravessando incontáveis gerações, todas contendo estímulos à imaginação e alguma lição de valor moral. Relembrando esses dias, sou inclinado a crer que o tipo de vida que levei em casa, minhas experiências trabalhando e brincando juntos nos campos, me introduziram muito cedo à ideia de esforço coletivo”.  (MANDELA: In FUNDAÇÃO NELSON MANDELA, 2010. 31).

Como surge o Congresso Nacional Africano e qual é a participação de Mandela nesse processo?

Em 1912, nascia o Congresso Nacional Africano, “ (…) símbolo e a corporificação da vontade africana de criar uma frente nacional de união contra todas as formas de opressão” (IDAF, 1989.40), popularmente conhecido como ANC, em inglês. Se antes as comunidades culturais resistiam ao colonialismo isoladamente, o Congresso inaugurou uma luta e organização, tendo em vista, a expressão nacional africana em unidade contra a dominação branca,

“Desde sua fundação, o ANC padecia de sérios defeitos. Os fundadores, sem dúvida grandes patriotas, não tinham uma ideia clara da situação histórica concreta e de suas implicações, e estavam obcecados com formas imperialistas de organização. Como resultado, o ANC tinha defeitos tanto na forma quanto na substância, e enquanto eles perduraram não conseguiu criar um mecanismo eficiente e organizado para levar adiante a luta pela libertação nacional; II adotar um programa nacionalista dinâmico que pudesse inspirar e aproximar as tribos e ser a força motivadora e dirigente na luta dos militantes pela libertação nacional¹”(IDAF,1989.51).

O fim dos anos 40, foi um período para repensar alguns de seus mecanismos e táticas, do ANC. Conferindo esse período de mudanças e atualizações, no sentido de estar mais próximo às necessidades das populações negras, Mandela, Sisulu  Olivo Tambo e Anton Lambede, ademais de outros jovens, entraram para o Congresso  Nacional Africano e auxiliram na construção da Liga da Juventude (IDAF, 1989. 18) A liga foi fundamental para o desenvolvimento do Congresso, embora a maioria dos membros do ANC persistissem com o ideal da não violência, com a Liga passam a atitudes mais duras de enfrentamento à segregação.

Refere-se a luta pela emancipação das populações nativas, indianas e mestiças e pelo fim do Regime do Apartheid. Um ponto chave do seu trabalho é a importância da tradição nas ações de Mandela, sobre a qual ele pôde construir uma identidade e filosofia que funcionam de forma autônoma à “modernidade ocidental”. Pode falar mais sobre isso, qual a relevância da tradição para entender as ações e conquistas de Mandela?

Madiba renovou a experiência da política na pós-Modernidade, ao mergulhar em tradições africanas, das quais vivera em sua infância e juventude, o estadista não produz uma filosofia, porém atualiza modos de ser/estar no mundo, para o presente. A filosofia Ubuntu², não é uma invenção de Mandela mas dos povos Xhosa e Zulu. Destarte, o observar, o cuidado com as minorias, escutar a todos, para depois entrar em consensos, são práticas apreendidas no passado e reelaboradas em seu modelo político.

Apontando para caminhos que demonstraram, mesmo após todo trauma de mundos colonizados, nem tudo tornou-se estéril, e de tempos em tempos a história nos emite sinais que há mudanças nestas estações, ainda que, paulatinamente, elas vêm acontecendo, propondo-nos indícios de transformações.

O imaginário europeu construiu estruturas que se encerram em si mesmo. Deste modo, as técnicas de governo consolidadas na Europa e seu modelo político, aceito ou imposto como universal³, traz em suas raízes a hierarquia racial, imposta pelo Ocidente para o restante do mundo, ao mesmo tempo que vem esvaziando outras possibilidades de autogovernação e de organização na vida política, sem a invenção da raça não existiria a modernidade, é preciso enfatizar como já dizia o psiquiatra Frantz Fanon, e o o historiador Aimé Cesáire, que a modernidade é fruto da colonização,  expropriação e do epistemicídio. Logo, Mandela provoca uma ruptura em um dos elementos essenciais da modernidade colonialidade/Raça.

A “tradição” funciona em oposição ou em concerto com a “modernidade”? Como se dá essa relação em Mandela?

Através de mergulhos em saberes locais, em conexão com a filosofia Ubuntu, rearticulada a partir da ressignificação política da África do Sul. Mandela, delineou um futuro a ser compartilhado, assim como teceu um presente que depositasse esperanças em um mundo pós Apartheid. O estadista e presidente do ANC, conhecido fora das fronteiras sul-africanas, conduziu a partir de suas reelaborações, relações em que as pessoas fossem capazes de ouvir umas às outras por instantes de “reconciliação”. As epistemologias aprendidas em sua infância em Transkei, na militância e em seus 10.000 mil dias em cárcere, foram decisivas na orientação de sua prática política e cultural enquanto presidente, delineando o que, ao longo dessa pesquisa intitulamos como um fazer político decolonial, em vias de esperança.

Também foi condição sine qua non, tanto o reconhecimento de como se organiza o pensamento ocidental, quanto a pulsão da luta pela liberdade. Portanto, se a guerra civil parecia ser um caminho factual para a África do Sul, a rehumanização do país, levou à necessidade de um projeto a longo prazo apontamentos para um projeto a longo prazo foram necessários. Assim como, a Comissão de Verdade e Reconciliação, pois instaurou o reconhecimento de todas as barbáries cometidas no Regime, em que os criminosos deviam contar toda a verdade, sobre seus crimes.

Em seu ensaio a respeito da Comissão Verdade e Reconciliação, na África do Sul, a professora filósofa Jeanne Marie Gagnebin trabalha no sentido de evidenciar como a narração da verdade sobre os acontecimentos, pode reinstaurar uma humanidade partilhada. Ao não atuar nos mesmos moldes da cultura colonial, realizou um enfrentamento simbólico com o Regime do Apartheid. Quando se aproximavam as festas natalinas, o presidente realizava visitas às escolas infantis, tanto na Cidade do Cabo, quanto em Johanesburgo, a preocupação em atender todos os grupos, tornou-se uma qualidade em sua equipe de governo, permitindo sentir em seu mandato presidencial, exercícios e práticas políticas decoloniais.

“Quando as escolas começaram a ficar mais integradas, depois da transformação da África do Sul, a seleção tornou-se um grande desafio. Tínhamos de visitar as escolas antes para ter certeza de que elas haviam fornecido a denominação correta de cada grupo racial coberto. Também tínhamos de ter cuidado para não visitar uma escola predominantemente xhosa, pois esse era o grupo étnico ao qual o presidente pertencia. Ele era extremamente sensível sobre questões dessa natureza, e se tornou uma regra em minha cabeça que, se fizéssemos algo para um grupo, tínhamos de fazer para outro” (LA GRANGE, 2015. 107).

Ao confrontar o desenvolvimento segregacionista, o governo de Mandela enfatizava a inter-relação entre as diferentes comunidades, o sentimento de pertencimento mútuo e respeito. Estes onze idiomas do país tornados oficiais, denotam um pouco da diversidade da África do Sul, diversidade também presente em seu governo, pois havia representantes de várias comunidades culturais. A composição de sua equipe de trabalho, na presidência sul-africana, deu sinais de como conduziria a política governamental, “Logo depois de sua posse, ele renomeou a casa presidencial como Mahlamba Ndlopfu, que significa “começo de uma nova aurora”. (LA GRANGE,47) Zelda La Grange, assistente executiva pessoal e porta voz de Nelson Mandela, em sua autobiografia, por meio da vivência com o presidente sul-africano, reflete em diversas narrativas sobre a representação da equipe de Mandela,

Foi gentil de sua parte convidar sua equipe para almoçar e, olhando para meus colegas, passou por minha cabeça que sete de nós naquele momento representávamos todas as raças da África do Sul: Mary Mxdana, sua secretária particular, era negra; Morris Chabala, um dos assistentes das secretárias particulares, também era negro; Elize Wessles, a outra assistente, branca; Allan Pillay, o gerente administrativo, indiano; Lenois Coetzee, a recepcionista, branca; Olga Tsoko, a outra recepcionista, negra; eu a mais jovem ocupando o cargo mais modesto, branca (LA GRANGE, 2015. 47)

É um reflexo quase automático, ao se debruçar sobre a história, perguntar que lições podemos aprender com ela. Mesmo sob o risco de ser clichê, vou lhe perguntar: o que podemos trazer de Mandela e da história da África do Sul para o nosso contexto brasileiro, no qual também temos um longo histórico colonial?

Brasil e África do Sul têm muitos pontos históricos que as aproximam, a colonização, a escravidão, o apartheid vivido lá e cá por suas populações, os descendentes de europeus na produção e manutenção de seus privilégios e as populações indígenas e negras vivendo a não-cidadania, na negação de seus direitos. O contexto atual da política brasileira, dividida entre dois projetos de nação. O primeiro, organizado pela casa grande, em vias de fascismo e no ideal da manutenção de privilégios e ranços escravocratas; A segunda representada por movimentos sociais, sindicalistas, trabalhadores/as, negras/os e indígenas na luta contínua pela liberdade de seus corpos, na luta pelos direitos humanos. A participação de negros/as, indígenas, das mulheres, na política é necessária e fundamental, pois compreendemos que a classe trabalhadora tem cor e gênero.

O Apartheid na África do Sul, construiu um abismo entre as populações brancas e negras, das quais as primeiras realmente acreditavam em meritocracia, em sua superioridade biológica. Lutavam pela manutenção de seus privilégios e lhes parecia natural, a violência para conter e controlar os corpos negros, o Brasil da democracia racial, se mostra e se mostrou tão fascista e conservador quanto a África do Sul do Apartheid, em que um Mandela foi possível, um Mbeki6. A pergunta aparente é: quando o Brasil terá seu ou sua presidenta vinda das populações afro-brasileiras ou indígenas? Quando o parlamento terá a nossa cara? Hoje é formado, 70% por homens brancos, heterossexuais e envelhecidos, 10% de mulheres brancas, 3% de homens negros e 0,7% de mulheres negras, revelando a fragilidade de nossa democracia em que a população não se vê representada, até a década de 90, o parlamento sul africano também era formado pela população branca, isso só mudou a partir da primeira eleição democrática em 1994. 84 jovens negros são mortos por dia neste país, porém a população parece não se importar. Embora a população branca tema a população afrodescendente, é a esta segunda a que sofre cotidianamente com ações, violações e violência.

Este Brasil da democracia racial parece não se acostumar com a ideia de direitos para os condenados da terra, pois foram educados em torno de privilégios dos quais não estão dispostos a negociar. Deste modo, Mandela e a África do Sul daqueles tempos, nos ensinam que a sua humanidade só pode ser partilhada através de outras pessoas, ninguém se libertará sozinho e que irremediavelmente estamos presos aos mesmos destinos, na construção de um futuro em que todos possam desfrutar da humanidade/liberdade.  Ademais, recordando o jornalista sul-africano Donald Woods, é preciso lembrar, que os condenados de hoje podem ser os governantes de amanhã.

Qual a importância de um congresso como o COPENE no âmbito da pesquisa em História?

O Copene, Congresso Brasileiro de pesquisadores Negros é formado por pesquisadores negros/as e antiracistas, estruturado em uma comunidade acadêmica que congrega 120 núcleos de estudos afro-brasileiros, presente de norte a sul deste país. O II Copene Sul, é expressão dessa organização nacional e os esforços para o crescimento e fortalecimento de seus intelectuais. Um importante espaço para seus associados, ouvintes e organizadores, pois nos fundamentamos e produzimos epistemologias que possam contrapor à dominação ocidental, não apenas para a história, mas para os demais campos científicos que se entrecruzam a todo momento.

O Copene, Nacional e Regional, tornou-se um grande encontro de nossa comunidade acadêmica, de intelectuais que lutam cotidianamente em seus espaços locais por uma educação transformadora. São intelectuais não raras vezes, discriminados, hostilizados e solitários. Neste espaço curamos nossas feridas, compartilhamos nossos conhecimentos, observamos e aprendemos com nossos pares na construção de esperanças.

Qualidade de ensino se faz na medida em que a ciência colonial/racial é combatida,  pois compreendemos que a educação em vias de embranquecimento destrói nossos corpos, nossos sonhos e perspectivas de futuro. Como diria Nelson Mandela, coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele.

Qual foi a sua experiência com o Galoá durante o COPENE Sul? O que achou?

O Galoá prestou um ótimo suporte na organização do Copene e suas ferramentas são fáceis de operar. Da submissão ao certificado, tudo foi tranquilo e rápido, foi um ponto bastante elogiado pelos participantes do evento.

O que está achando sobre nossa iniciativa “Pesquisa em Destaque”?

Me pareceu uma ótima oportunidade mostrar a minha pesquisa, divulga-la para um púlico maior. Ao mesmo tempo me permite, quanto pesquisadora, ter um feedback da minha produção acadêmica. Fiquei muito feliz por ter sido lembrada, já que os trabalhos desenvolvidos por nossos pesquisadores/as são interessantes e relevantes para a sociedade brasileira.

Galoá – Nesta entrevista podemos notar um pouco mais da vida de um líder que percorreu do interior rural da Africa do Sul, marcado por suas tradições, até o mundo, com uma história de lutas morais e políticas, que refundaram um país – nos moldes de uma sociedade multiétnica. Sempre marcado por um sonho:

Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos”(NELSON MANDELA).

Notas

1.Refere-se a luta pela emancipação das populações nativas, indianas e mestiças e pelo fim do Regime do Apartheid. /\

2.A filosofia Ubuntu, define o humano, enquanto ser, conforme sua interação com outras pessoas, propondo assim uma irmandade universal. /\

3. Ver MBEMBE, Achile. Crítica da Razão Negra. 2014, editora Antígona. Faz menção a essa dominação ocidental, que otorga para si uma cultura hierarquicamente superior a todas as demais, na postulação de sua suposta universalidade. /\

4. “Sem a/o qual não pode ser”. /\

5.Encaminhamentos de sua política governamental também podem ser percebidas na Carta da Liberdade produzida em 1955. “Esta carta vai expressar todas as demandas do todo o povo, para chegar à vida decente que almejam para si mesmo e para seus filhos. A Carta da Liberdade será nosso guia para um amanhã melhor”, quando todos os sul-africanos  puderem viver e trabalhar juntos, sem rancor racial e sem medo da miséria, em paz e harmonia. Este documento foi elaborado por quatro organismos representando os quatro grupos raciais existentes na África do Sul: o Congresso Nacional africano, o congresso Indiano Sul-Africano, o Congresso dos Democratas e a Orgaização Popular Sul-Africana dos Mestiços (IDAF, 1989, 81.82). /\

6. Thabo Mbeki, é um político da África do Sul e ex-presidente do país, que governou entre 14 de junho de 1999 , sucedendo a Nelson Mandela. /\

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