A advogada Sílvia Souza, representando o Conectas Direitos Humanos, foi a única mulher e negra a se manifestar no julgamento do STF que discute a prisão após condenação em segunda instância. “Um debate tão sério tem sido pautado como se afetasse apenas os crimes de colarinho branco, quando na verdade sabemos a quem se endereça”, destacou ela, se referindo a população pobre e negra do país
Do Brasil 247
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu início nesta quinta-feira (17), ao julgamento das ações que questionam a constitucionalidade da prisão após decisão em segunda instância. A sessão foi reservada apenas para o relatório do ministro Marco Aurélio e as sustentações orais.

A advogada Sílvia Souza, representando o Conectas Direitos Humanos, foi a única mulher e negra a se manifestar na tribuna. “Um debate tão sério tem sido pautado como se afetasse apenas os crimes de colarinho branco, quando na verdade sabemos a quem se endereça”, destacou ao defender a alteração da jurisprudência atual.
“É preciso reconhecer que as restrições de direito atingem, em primeiro lugar e com muito mais força, a população pobre, preta e periférica”, argumentou.