Manifestações no domingo (28) irão lembrar todas aquelas que morreram ou foram julgadas em função do aborto, que, ao ser criminalizado, penaliza principalmente mulheres negras e pobres
Por Redação
O dia 28 de setembro foi escolhido como o Dia de Luta pela Descriminalização e Legalização do Aborto em 1990, na Argentina, durante o Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe. A reivindicação é que o aborto seja considerado um direito da mulher de poder decidir sobre o que fazer diante de uma gravidez inesperada, podendo interrompê-la sem ser julgada pelo ato. A medida já foi tomada por vários países, como Inglaterra, Holanda, Suécia, França, Itália, México e Portugal.
Militantes do movimento feminista afirmam que a criminalização do aborto no Brasil penaliza principalmente as mulheres pobres e negras, que possuem menos acesso a métodos contraceptivos e, em caso de gravidez, recorrem a clínicas clandestinas com condições precárias de funcionamento.
Nas principais cidades do país, a data será marcada por protestos para chamar a atenção sobre o tema. Na Avenida Paulista, em São Paulo, haverá o “Cortejo da mulher negra morta em aborto clandestino”. De acordo com as organizadoras, a manifestação irá contar com um velório simbólico de todas as mulheres que abortaram e morreram, ou que foram maltratadas, extorquidas e julgadas. O evento acontece no domingo, às 12h, com concentração na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, entre as ruas Bela Cintra e Consolação.
Confira também outros eventos nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Fonte: Revista Fórum