Racismo e extremismo ameaçam Copa na Rússia, diz relatório

Um  relatório de uma organização que ajuda a Uefa a investigar casos racistas no futebol da Europa alertou a Fifa e autoridades sobre o perigo da Copa do Mundo da Rússia, que será disputada em 2018, para jogadores e torcedores visitantes do país europeu. As principais ameaças reportadas são os crescentes casos de racismo e de extremistas de direita.

No Terra 

De acordo com os dados, mais de 200 casos de discriminação, entre racismo e xenofobia, foram identificados no futebol russo apenas nas últimas duas temporadas. O relatório mostra também dezenas de casos em que torcedores fizeram campanha e venderam objetos de extrema direita em uma “vaquinha” para neo-nazistas presos.

“Nossa esperança é que a Rússia tome atitudes para proteger fãs e jogadores. Os atletas já falaram que vão abandonar o campo se escutarem algum racismo. Isso é perigoso”, alertou Piara Powar, diretor da organização. Um caso emblemático foi o racismo de torcedores do CSKA contra Yaya Touré, do Manchester City, na Liga dos Campeões. O africano, da Costa do Marfim, afirmou que a seleção não irá para a Copa se não se sentir segura.

O relatório já foi enviado para o presidente da Fifa Joseph Blatter, que nesta sexta escreveu no Twitter sobre a preocupação com a discriminação em 2018. Presidente da Rússia, Vladimir Putin admite o problema desde antes da escolha do país como sede e promete uma solução, mas o relatório afirma que pouco foi feito de fato.

In December, FIFA’s Task Force presented concrete action plan to tackle discrimination in build-up to 2018 World Cup. http://fifa.to/1FLuJ7K

Pelo contrário: os responsáveis pelo relatório, que não inclui a atual temporada, enxergam um aumento nos casos neste ano, apesar das ameaças de punição, incluindo multas e fechamento de estádios.

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