Racismo na PUC, de Belo Horizonte, é motivo de protesto dos estudantes

Racismo na PUC

O caso ocorreu nas dependências da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do bairro Coração Eucarístico, na região Noroeste de Belo Horizonte, no dia 22.

Victor Miguel Gomes Cá, um estudante africano, aluno de Relações Internacionais, foi abordado pelos seguranças da universidade que, achando o jovem “suspeito” pediram que ele apresentasse sua carteira da PUC.

O pedido teria partido de uma professora. De acordo com um colega de sala do estudante, Luiz Carlos Vieira, somente nesta quarta-feira (28) a vítima do ato racista resolveu denunciar o que tinha acontecido.

Segundo informações do site O Tempo, o rapaz disse que “estava andando quando foi abordado por um guarda do campus, que pediu a carteirinha da PUC. Como ele estava longe da sala, não tinha como apresentá-la na hora. Quando estava chegando na sala dois seguranças voltaram a interpelar ele”

Diante disso, os estudantes organizaram um protesto nesta sexta-feira, dia 30, que pediu, também, que o caso fosse apurado.

A “segurança” dos campus contra o negro

Toda a conversa da segurança em campus, ou a presença ostensiva da Polícia Militar nas universidades, parte do pretexto de fornecer proteção aos estudantes contra atos de criminosos.

Mas a verdade dos fatos é que essa proteção tem como único objetivo reprimir os estudantes e fazer a limpeza racial e social das universidades, da mesma forma que a PM atua fora da academia, como pode ser visto no caso do estudante africano da PUC.

É por esse motivo que a deve ser reivindicação dos estudantes, especialmente dos negros, a expulsão da PM dos campus e a extinção dessas guardas particulares, que atuam como se policiais fossem.

 

Fonte: Causa Operária

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