Uma organização contra o racismo decidiu testar a forma como os locais de divertimento noturno espanhóis tratam os estrangeiros e concluiu que quatro em cada dez estabelecimentos descriminam clientes devido à sua etnia, noticia o jornal espanhol Público.
A organização SOS Racismo pôs à prova várias discotecas em cinco cidades espanholas e concluiu que quatro em cada dez estabelecimentos de diversão noturna impedem o acesso a clientes por motivos étnicos, de acordo com o jornal espanhol Público.
Foram enviadas, a cada estabelecimento testado, duas pessoas com duas etnias diferentes (negros, latinos e árabes). Para melhor aferir se os estabelecimentos em causa estavam, ou não, a impedir o acesso por motivos discriminatórios, foi enviado primeiro um casal de controlo, formado por espanhóis caucasianos.
De acordo com a mesma publicação, quatro em cada dez discotecas negaram o acesso ou exigiram requisitos especiais só aos estrangeiros, levando a organização a denunciar “um uso incorreto ou abusivo do suposto direito de admissão”.
Os casais tiveram o cuidado de se vestir apropriadamente, eram maiores de idade, não estavam embriagados, nem foram mal-educados e foram escolhidos locais que não estivessem com lotação esgotada ou fora do horário de funcionamento e a conclusão foi clara – existem diferenças de trato unicamente devido aos traços físicos das pessoas.
E quando assim era, os obstáculos apresentados eram sempre os mesmos: “Tem que pagar entrada”; “Só se entra com convite”; “Só entra quem está na lista”; “É uma festa privada”, etc. Na melhor das hipóteses, era permitida a entrada mas com o pagamento de 10 ou 15 euros sem consumo.
Fonte:Noticias ao Minuto