Requerida apuração de denúncia de abuso de autoridade e racismo praticado por PMs

Campinas, 21 de outubro de 2013- Um documento assinado pelo vereador Carlão do PT, pela Secretaria de Combate ao Racismo da Macrorregião de Campinas do PT e por nove entidades do Movimento Negro de Campinas foi protocolado, nesta sexta (18/10), na sede do Comando da Polícia Militar de Campinas, pedindo apuração de possível prática de racismo e abuso de autoridade por policiais militares, na semana passada, no Condomínio Residencial Arlete Cardoso Lins, no DIC (Campinas-SP), onde residem trabalhadores da Unicamp. As entidades que assinam o documento são Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Casa de Cultura Fazenda Roseira, Instituto Cultural Babá Toloji, Grupo Força da Raça, Associação das Comunidades Tradicionais de Terreiros, Grupo de São Jorge, Ponto de Cultura Ibaô, Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra e Casa de Cultura Tainã.

A denúncia tem como base vídeos postados no You Tube dia 12 de outubro. “Segundo apresenta o vídeo, os policiais militares que atenderam a ocorrência foram desumanos e não respeitaram sequer as crianças.”, afirmam os denunciantes. Eles argumentam que as entidades do Movimento Negro vêm, ao longo dos anos, denunciando arbitrariedades impostas pelo comando da PM à população negra por meio de manifestos, marchas e outras ações. “Lutamos contra o extermínio do povo negro através do genocídio da juventude negra”, concluem.

Entre os argumentos jurídicos estão os fundamentos da Constituição Federal (Artigo 1º), que proclama “A dignidade da pessoa humana”. Já o artigo 5º, ao definir os direitos e deveres individuais e coletivos, estabelece no inciso XLI que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais” e no inciso XLII que “a prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão”. Os denunciantes requerem a instauração de inquérito policial para apuração de responsabilidade criminal, procedimento de apuração pela Polícia Militar, Delegacia de Crimes Raciais do Estado de São Paulo e Secretaria de Justiça de São Paulo.

A denúncia é uma ação da campanha É Racismo! Não é Um Mal Entendido!, lançada em março deste ano pelo mandato do vereador Carlão do PT em parceria com pessoas que atuam no combate ao racismo em Campinas. O objetivo da Campanha é promover a reflexão, a conscientização e a participação da população, com sugestões e denúncias. Os canais de comunicação da Campanha são site (http://eracismo.wix.com/eracismo), e-mail ([email protected]) e Fan Page

Links do vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=2FLjf-iiBeE

http://www.youtube.com/watch?v=9uiUDbJpncc

http://www.youtube.com/watch?v=tSPLkEkHAgA

 

Fonte: Carlão

+ sobre o tema

Mano Brown pede desculpas a Camila Pitanga após chamá-la de ‘mulata’

Mano Brown utilizou as redes sociais hoje para se...

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

para lembrar

Mano Brown pede desculpas a Camila Pitanga após chamá-la de ‘mulata’

Mano Brown utilizou as redes sociais hoje para se...

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...
spot_imgspot_img

Mano Brown pede desculpas a Camila Pitanga após chamá-la de ‘mulata’

Mano Brown utilizou as redes sociais hoje para se retratar com Camila Pitanga e o pai da atriz, Antônio Pitanga, depois de uma declaração...

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...