Roger Cipó retorna para os salões de arte, na SP-Arte 2021

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O fotógrafo, de 30 anos, estreia na maior feira da América Latina, retornando aos salões de uma exposição de artes visuais após período explorando outros ares

O fotógrafo Roger Cipó, de 30 anos, retorna aos salões de uma exposição artística, estreando na SP-Arte 2021, considerada a maior feira de artes da América Latina, que começou nesta quarta-feira (20), seguindo até este domingo (24). Em sua 17ª edição, o evento acontece no galpão Arca, na Vila Leopoldina, em São Paulo. Após período explorando outros ares profissionais, o paulistano apresentará obras de “Igbo Iku – onde morre quem tem que nascer”, série produzida ao longo de 10 anos de sua produção fotográfica, na plataforma Olhar de um Cipó. Um público formado por apreciadores, colecionadores e principais galeristas de arte e museus, poderão ver de perto suas obras expostas em formato inédito.

Além de marcar sua estreia, Cipó, que também atua como escritor, criador de conteúdo, comunicador de influência, e que vem mostrando sua pluralidade como apresentador, comemora outro feito. “É uma enorme satisfação pertencer à ‘01.01 Art Plataform’ composta por artistas negros, pois eu estive na sua criação e agora retorno para o que se tornou a principal plataforma de artes negras, do país” mais importantes disse ele, sobre a 01.01 que visa proporcionar de modo mais cauteloso e humanizado, arte contemporânea baseada na matriz africana e em ancestralidade, agregando não só visibilidade aos artistas expositores, bem como valores às suas obras e produções.

Sendo um dos primeiros fotógrafos negros a trabalhar em prol da temática, Cipó é formado em fotografia há mais de 10 anos e, desde o início da sua jornada, seus trabalhos fotográficos são moldados sob seu olhar atento e apaixonado para o candomblé. “Decidi que o terreiro de candomblé não seria o meu campo de pesquisa, e sim a  base para documentar as minhas experiências e das comunidades pelas quais eu passar na tentativa de oferecer novas imagens e imaginários acerca das religiões de matriz africana, já que até o momento, nós só tivemos fotógrafos brancos documentando nossas próprias narrativas, a partir do que eu chamo de ‘lentes racismo”, explicou.

Com exposições, pinturas, fotografias, colagens, residências, consultorias em arte, simpósios, entre outros destaques, a SP-Arte, que teve sua edição do ano passado em formato online – em virtude do isolamento social – principal medida de combate contra a Covid-19, conta com 128 participantes, sendo 84 galerias com suas estandes expostas e 44 físicas em formato digital.

Para visitação, prestigiando os trabalhos do Roger Cipó e demais artistas, basta fazer o agendamento em https://bilheteria.sp-arte.com/home e apresentar o teste negativo para Covid-19, realizado, pelo menos, nas últimas 48 horas. Já pelo interior da feira, é necessário estar munido de máscara e, o distanciamento pelo local, será obrigatório.

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