Servidora do Senado pede voto para Marina

 

Questionada sobre o possível uso da máquina na campanha, senadora anunciou a exoneração de sua assessora

Em Bauru, assessora distribui cartões do Senado e pede empenho de pastores evangélicos na campanha verde

BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A BAURU (SP)

A candidata do PV ao Planalto, Marina Silva, usou uma assessora lotada em seu gabinete no Senado para pedir votos e negociar o apoio de pastores evangélicos.
Uma das aliadas mais próximas da presidenciável, Jane Maria Vilas Boas a representou ontem em ato com religiosos em Bauru (SP).
Questionada sobre o possível uso da máquina pública, Marina anunciou a demissão da funcionária (leia texto ao lado).
Nomeada sem concurso em maio de 2008, Jane comandou uma reunião com cerca de 70 religiosos na cidade do interior paulista, onde a senadora passou o dia.
Segundo participantes, ela cobrou engajamento na eleição e disse que o pastor que reunir 300 apoiadores receberá uma ligação de Marina em agradecimento.
A assessora exibiu pesquisas eleitorais e anunciou a criação de um site para fiéis que apoiarão Marina. Distribuiu cartões de visita com o brasão do Senado e os telefones do gabinete em Brasília.
Após o encontro, a senadora chegou ao templo para uma reunião pública com os pastores, em que voltou a condenar o casamento gay e disse defender a união civil de homossexuais. Ela é fiel da Assembleia de Deus.
À tarde, Marina foi a um hospital público que atende crianças com deformações congênitas.
Acompanhada por uma claque uniformizada com camisetas e adesivos de sua campanha, ela passou uma hora e 45 minutos no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, conhecido como Centrinho.
A senadora foi ciceroneada pelo médico Raul Gonçalves, candidato a deputado federal pelo PV, que disse estar licenciado do hospital. Cerca de 30 pessoas a acompanharam, entre assessores, militantes e candidatos da sigla.
Com aval da diretora hospitalar Maria Irene Bachega, a comitiva percorreu áreas reservadas a crianças deficientes e chegou a obstruir corredores e a sala de espera.
A diretora incentivou servidoras a tirarem foto com Marina. A Folha ouviu conversa em que uma assessora de Marina se disse constrangida com a situação.
A lei eleitoral proíbe “veiculação de propaganda de qualquer natureza” em imóveis públicos ou de uso comum. A multa prevista é de R$ 2.000 a R$ 8.000.

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