Três mitos sobre o homem e o feminismo

Caras, apenas entendam: o feminismo é a luta por igualdade de direitos; saiba o porquê

Do Catraca Livre 

Vencedora do Oscar de melhor atriz em 2008 por sua atuação em “Piaf”, a francesa Marion Cotillard afirmou recentemente em entrevista à revista “Porter” que não se identifica como feminista. “Eu não me considero feminista. Precisamos lutar pelos direitos das mulheres, mas não quero separar mulheres e homens”. Apesar disso, também disse que é necessário lutar pelos direitos das mulheres.

Ainda na entrevista, Marion também revelou ser contra as cotas para as mulheres na indústria cinematográfica, tema que recentemente ganhou atenção no Festival de Cannes como possível solução para aumentar a participação do sexo feminino em cargos como direção e roteiro.”A criação cinematográfica não é uma questão de gênero. Para mim, isso não cria igualdade, e sim separação”.

Catraca Livre decidiu dar uma ajudinha a Marion, destacando três mitos quase sempre associados ao feminismo. E que, na verdade, em nada tem a ver com a proposta de igualdade de direitos entre homens e mulheres. Serve para você também, que ainda não entendeu o recado:

1. O feminismo não luta por uma sociedade sem homens

Ao contrário do que se costuma dizer por aí, o feminismo busca um mundo onde todos, independente do gênero, tenham direitos iguais. Apesar disso, é comum as pessoas pensarem que a luta pelos direitos da mulher consiste na construção de um mundo sem homens, ou no qual eles são jubjugados.

2. O feminismo não odeia os homens

Apesar de todo assédio, violência e outras questões que norteiam a pauta feminista, a grande maioria das militantes não odeia os homens e , sim, o mundo patriarcal e machista onde todos vivemos. Feministas não odeiam os homens. Odeiam (e lamentam) que vivemos num mundo onde o fato de ser mulher seja, para muitas, uma sentença de morte.

3. Feministas querem se igualar aos homens

Ao contrário do que é falado por aí, o feminismo luta para que as mulheres tenham os mesmos direitos que os homens, como por exemplo igualdade salarial. Lutam também para que sejam menos julgadas em relação ao comportamento sexual; ou que parem de ser forçadas a usar cores de meninas, que participem apenas de brincadeiras de meninas e qualquer tipo de segregação sexista.

 Você ja leu?

+ sobre o tema

Libertar-se do papel de macho-idiota ou ser vetor do sofrimento alheio?

Faz tempo que não sentia tanta vergonha alheia como...

‘Perdemos cada vez mais meninas e jovens’, diz pesquisadora

Jackeline Romio participou da Nairóbi Summit e aponta os...

Sou ateia, mas rezei: Uma história de violência sexual e direito ao aborto

Homens que possuem espaço na mídia foram instigados a...

Por um feminismo de baderna, ira e alarde

Neste 8M, ocuparemos politicamente as ruas e as nossas...

para lembrar

27 ideias de tatuagens feministas

Que tal eternizar na pele seus ideais de luta...

Vereadores de SP aprovam lei que permite presença de doulas em hospitais e maternidades da cidade

Vereadores de São Paulo aprovaram na última quarta-feira (7)...

Ato na USP cobra ação de diretor sobre ‘ranking sexual’ em Piracicaba

Grupo se reuniu em frente à diretoria da universidade...
spot_imgspot_img

Medo de gênero afeta de conservadores a feministas, afirma Judith Butler

A primeira coisa que fiz ao ler o novo livro de Judith Butler, "Quem Tem Medo de Gênero?", foi procurar a palavra "fantasma", que aparece 41...

O atraso do atraso

A semana apenas começava, quando a boa-nova vinda do outro lado do Atlântico se espalhou. A França, em votação maiúscula no Parlamento (780 votos em...

Fernanda Melchionna lança seu primeiro livro em Cachoeirinha neste domingo; “Tudo isso é feminismo?”

“Tudo isso é feminismo?” – uma visão sobre histórias, lutas e mulheres” marca a estreia de Fernanda Melchionna, no universo do livro. A bibliotecária...
-+=