Poderia ser um programa perfeito para qualquer pessoa, a não ser que você seja mulher e tenha que lidar todos os dias com situações misóginas.
De Ana Beatriz Rosa do Huffpost Brasil
As festas mal começaram, e as denúncias sobre abusos já tomam conta das redes sociais. No Facebook, uma jovem postou um relato narrando a violência sofrida em um dos principais bares da capital paulista:o Quitandinha, na Vila Madalena.
A universitária Júlia Velo estava com amigos curtindo a noite da quinta-feira (4), até que os meninos resolveram fumar.
A jovem continuou na mesa com mais uma amiga até que dois homens desconhecidos se sentiram no direito de invadir a mesa das garotas, afinal, cadeira vazia e mulher sozinha só pode ser um convite, não é mesmo? Só que não.
As jovens não demonstraram interesse na conversa da dupla, e isso foi o suficiente para serem xingadas de termos violentos — um deles chegou a apertar o braço de Júlia com força o suficiente para deixar marcas.
Assustadas com a situação, as jovens pediram ajuda aos garçons e aos gerentes, que ignoraram a situação e declararam que nada poderia ser feito se não houvesse agressão física.
O gerente deixou claro que os agressores eram clientes e frequentadores assíduos da casa e que, se quisessem, elas deveriam recorrer à polícia. Procurados pela reportagem, o Quitandinha Bar não respondeu às ligações.
Infelizmente, esse relato é outro que se soma ao de tantas mulheres vítimas de violência simbólica e física diariamente.
A diferença é que hoje há muito esforço para que situações como essas não passem batidas e que a sociedade repense questões tão naturalizadas.
Neste Carnaval e em qualquer outro momento, respeita as mina.