Proposta do governo de curso preparatório também não foi aceita e alternativa para aumentar inclusão será apresentada
A Universidade de São Paulo (USP) rejeitará a proposta do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) de reservar 50% das vagas para calouros oriundos de escola pública até 2016. As unidades já apresentaram alternativas para aumentar a inclusão de outras formas e estender o prazo para a meta até 2018. As alternativas serão avaliadas pelo Conselho de Graduação em data ainda não agendada.
Em dezembro, o governo anunciou que USP, Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de Campinas (Unicamp) fariam parte do Programa de Inclusão com Mérito no ensino Superior Público Paulista (Pimesp) para garantir 50% das matrículas em cada curso e em cada turno para alunos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas até 2016. Já em 2014, deveriam ser 35% das vagas.
As unidades de Direito, Medicina e Engenharia da USP, as que têm vagas mais disputadas, já haviam protestado contra a proposta alegando que cairia a qualidade dos cursos.
O projeto previa também uma espécie de curso preparatório para a graduação inspirado em programa já em vigor na Unicamp e nos “colleges” americanos. Os estudantes teriam disciplinas gerais por dois anos e depois entrariam na faculdade específica.
A ministra da Desigualdade Social, Luiza Bairros, criticou a proposta , alegando que os cursos eram uma forma de impor um estágio a mais aos cotistas.
Nova proposta
A proposta que será submetida ao Conselho de Graduação em substituição ao projeto original aumenta o bônus possível para estudantes de escolas públicas pelo Inclusp, projeto já existente na USP. Com isso, em vez de chegar a 50% dos calouros em 2016, a meta seria 2018. Após aprovação no colegiado, o texto será ainda avaliado no Conselho Universitário.
Fonte: UOL