Frente apresenta na Alesp projeto de cotas para universidades paulistas

O texto foi elaborado por integrantes de organizações sociais, professores e estudantes, e teve apoio de parlamentares. Projeto é alternativa ao Programa de Inclusão por Mérito (PIMESP) defendido por Geraldo Alckmin.

A Frente Pró-Cotas Raciais de São Paulo apresentou na Assembleia Legislativa, na quarta-feira (5), um modelo de Projeto de Lei que reserva vagas para negros, indígenas e alunos de escolas públicas nas universidades estaduais paulistas. O texto foi elaborado por integrantes de organizações sociais, professores e estudantes, e teve apoio de parlamentares.

A proposta prevê que as instituições de ensino superior mantidas pelo Estado de São Paulo (USP, Unesp , Unicamp e Fatec) destinem 55% das vagas para cotas. Dessa reserva, 25% seriam ocupadas por negros e indígenas, 5% por pessoas com deficiência e outros 25% por estudantes formados na rede pública.

Segundo os critérios sugeridos, a metade das vagas destinadas para a escola pública estaria condicionada a uma renda per capita igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

O projeto de cotas apresentado pela Frente é uma alternativa ao Programa de Inclusão por Mérito (PIMESP) defendido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). O modelo cria um curso intermediário entre o ensino médio e o ensino superior, chamado de “college”.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), São Paulo é o estado com a maior população negra (pretos + pardos) do Brasil. Recentemente, a USP divulgou que nenhum dos três cursos mais concorridos teve ingressantes pretos em 2013.

 

Fonte: Radioagência NP

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