Naqueles dias de intervalo entre o primeiro e o segundo turno da eleição presidencial, todo o tipo de coação, desmando e autoritarismo sobre os opositores do presidente do fim do mundo se verificava.
Pelo menos dois indígenas foram assassinados a cada semana nos últimos meses, uma liderança e um mais novo, na deliberação de atingir os faróis da tropa e a esperança dos que estavam se formando para tomar a dianteira na luta. Às meninas e adolescentes indígenas, os homens do garimpo ilegal e os capangas do agronegócio estupravam antes de matar. Depois, jogavam os corpos nos rios ou os amarravam na floresta com o intuito de disseminar o horror quando encontrados. Cada detalhe era planejado para minar as forças dos povos originários.
Pessoas de roupas vermelhas eram acossadas e espancadas pelas milícias; tiros eram dirigidos a casas que tivessem símbolos da oposição. A mentalidade miliciana de perseguição e extermínio do contraditório e da oposição tomaram conta do mundo, nas redes sociais, nas relações de trabalho, no mais trivial das relações humanas.
As polícias há muito tinham lado, o do genocida, e tratavam de intensificar o massacre ao povo. Aos negros, como sempre, destinavam a maior carga de violência e balas mortais. Sociedade escravocrata rediviva, com a diferença de que na vigência do sistema escravista o corpo negro era violentado, mas procurava-se preservá-lo em algum nível para a continuada exploração do trabalho escravizado. Na engrenagem racista atual, os corpos negros são alvo de tortura e eliminação física.
Se gritarem “Lula”, que isso seja considerado perturbação da ordem pública, que sejam espancados e presos; se resistirem, que sejam mortos, não pega nada.
Canalhas racistas! É Lula 13! São Érika Hilton e Duda Salabert legislando por nós e para nós.