Vendas da marca dispararam 31% depois do lançamento do vídeo da nova campanha em que Colin Kaepernick é a figura principal. Críticas do jogador da NFL à violência policial e ao racismo mereceram condenação por parte de Donald Trump, no entanto, a campanha da Nike parece mesmo ser um sucesso.
Por Pedro Bastos Reis Do Noticias ao Minuto
Aestrela de futebol americano Colin Kaepernick tornou-se o rosto da nova campanha da Nike, uma decisão que gerou alguma polémica e levou alguns adeptos da marca, sobretudo os que são próximos ideologicamente do presidente Donald Trump, a queimar produtos da Nike. No entanto, as vendas da marca dispararam.
Colin Kaepernick foi escolhido para a campanha ‘Believe in something. Even if it means sacrificing everything. Just do it’ (acredita em algo, mesmo que isso signifique sacrificar tudo. Fá-lo simplesmente). O atleta da NFL, que está sem equipa pela segunda temporada consecutiva, gerou grande discussão depois de se ter ajoelhado diversas vezes durante o hino dos Estados Unidos, em protesto contra a violência policial, muitas vezes motivada pelo racismo.
A decisão da Nike em escolher Kaepernick para a nova campanha, cuja primeira versão foi divulgada na passada segunda-feira, Dia do Trabalhador nos Estados Unidos, foi contestada por alguns setores da sociedade americana, mas muito elogiada por outros. E os primeiros números das vendas da marca dão razão aos últimos.
“As vendas da Nike dispararam 31% de domingo a terça-feira, passando pelo Dia do Trabalhador, ultrapassando o crescimento de 17% registado no período homólogo de 2017”, revelou a empresa de investigação e de estudos de mercado Edison Trends, citada pelo The Guardian.
Para a Edison Trends, a Nike deverá estar contente por a sua campanha estar a resultar, tendo gerado um confronto direto com Donald Trump e com os valores que este representa.
Quando foi revelado o nome de Colin Kaepernick, recorde-se, o presidente norte-americano falou numa “mensagem terrível” da marca. Muitos apoiantes de Trump recusaram usar produtos da Nike e queimaram mesmo peças de roupa ou ténis na marca, no entanto, os números parecem falar por si e a escolha do jogador que protesta contra o racismo e a violência policial revelou-se um sucesso.