Versace processada por preconceito racial

Um ex-funcionário de uma loja outlet da Versace em Pleasanton, Califórnia, entrou com um processo judicial contra a marca por práticas injustas nos negócios – e uma das alegações é o uso de um código secreto pra alertar os funcionários quando um cliente negro entra na loja. Ele deu entrada no processo em novembro de 2016.

Fonte: Lilian Pacce

O ex-funcionário, Christopher Sampiro, tem 23 anos e ainda explica que foi demitido por ser mestiço depois de trabalhar por duas semanas no local, em setembro. O código usado seria o mesmo de roupa preta, “D410”, e o gerente teria instruído Sampiro a falar D410 de maneira casual quando um negro entrasse no ponto de venda. Ele diz que sua resposta foi: “Você sabia que sou afro-americano?” e que a partir disso o gerente o tratou de maneira diferente e não lhe deu um “treinamento legítimo”. Fora tudo isso, o processo ainda alega que Sampiro não recebeu pelo tempo que trabalhou e não teve direito, nessas duas semanas, a intervalos de descanso.

A Versace nega as alegações, já pediu pra que um juiz descartar o caso e distribuiu uma declaração pra imprensa reforçando seu compromisso com a igualdade: “Versace acredita fortemente na igualdade de oportunidades, como uma empregadora e como uma varejista. Não toleramos discriminação com base em raça, país de origem ou qualquer outra característica protegida por nossas leis de direito civil. Negamos as alegações desse processo, e não vamos comentar futuros litígios pendentes relacionados”. Lembrando que um dos temas mais caros às coleções mais recentes de Donatella Versace é o feminismo e o empoderamento da mulher; e uma das modelos mais conectadas à imagem da marca é Naomi Campbell. Uma conferência sobre o status do caso está marcada pra 21 de março.

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