Violência física atinge 40% das mulheres da América Latina, diz Cepal

Um estudo da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) divulgado nesta terça-feira indica que até 40% das mulheres da região são vítimas de violência física e, em alguns países, o índice de violência psicológica chega a cerca de 60%.

Fonte: O Globo

De acordo com o organismo, a violência física sofrida pelas mulheres vai “desde pancadas até ameaças de morte, acompanhadas por forte violência psicológica e muitas vezes também sexual”.

Quarenta e cinco por centro declararam ter recebido ameaças de seu companheiro e entre 5% e 11% das mulheres disse ter sido vítima da violência sexual.

O estudo destaca que na Colômbia e Peru, por exemplo, a violência psicológica supera os 60%. Já na Bolívia e México este indicador chega a quase 40%.

No levantamento, foram consideradas vítimas de violência psicológica mulheres que sofrem insultos e humilhações ou cujo parceiro exerce controle excessivo sobre seus horários e seus contatos sociais.

 

Brasil

 

O estudo se concentrou, principalmente, naqueles países que nos últimos tempos realizaram pesquisas especificas sobre a violência física e emocional contra a mulher em suas regiões. Entre eles estão: Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Costa Rica e Haiti, entre outros.

O Brasil é pouco citado no documento. No capítulo violência física, quando são lembrados dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a saúde da mulher e a violência doméstica em 2005, a Cepal diz que, no Brasil, 10% das mulheres da área urbana e 14% da área rural sofrem violência sexual.

O organismo também informa, sem entrar em detalhes, que o país aprovou seu primeiro plano de combate a violência contra a mulher.

Na apresentação do documento, a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, afirma que “erradicar a violência contra a mulher deve se converter num objetivo central das agendas públicas, já que se trata de um problema de direitos humanos e é um obstáculo para o desenvolvimento do país”.

Ela defendeu que os Estados adotem “proteção jurídica, políticas públicas e a cultura do respeito” para reverter a violência contra as mulheres na região.

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