150 mortos depois, Alckmin admite crise na segurança

“Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando e vamos nos empenhar de forma redobrada neste trabalho”, disse o governador de São Paulo, nesta quarta-feira, dia em que se consumou o inevitável: a queda do secretário Antonio Ferreira Pinto, que foi substituído por Fernando Grella no comando da Segurança Pública; homicídios cresceram 92% no mês de outubro; policiais são os principais alvos dos criminosos

Um mês atrás, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, parecia incapaz de enxergar uma crise na segurança pública. “Quem não reagiu, está vivo”, dizia, quando indagado sobre o aumento de mortos em confronto com a polícia. Nesta quarta-feira, ele parecia outra pessoa. “Nós reconhecemos as dificuldades que estamos passando e vamos nos empenhar de forma redobrada neste trabalho”, disse Alckmin, no dia em que anunciou o nome do novo secretário de Segurança, Fernando Grella, que assume no lugar de Antonio Ferreira Pinto.

A troca de comando era inevitável, diante das estatísticas alarmantes. Os homicídios cresceram 92% na capital paulista em outubro deste ano em relação ao mesmo mês de 2011, segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública. Foram 150 casos em outubro deste ano, contra 78 no ano passado. Em todo o estado, o avanço foi menor – de 37,9% – mas não menos preocupante.

Ao falar sobre a mudança de comando, Alckmin elogiou o secretário demissionário, que chegou a trocar farpas com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre uma eventual ajuda federal a São Paulo. “O secretário Ferreira Pinto trabalhou conosco quase sete anos, foi um bom secretário de Administração Penitenciária e secretário da Segurança Pública, colocou o cargo à disposição”, disse o governador. Sua gestão, no entanto, fica marcada pela morte de policiais militares. Neste ano, 93 PMs foram assassinados em todo o estado de São Paulo.

Egresso do Ministério Público, o novo secretário, Fernando Grella Vieira, falou da necessidade de “aprimoramento” da polícia. “Essa onda de violência é um grande problema. Vai ser preciso muito trabalho e empenho para reverter esse quadro”, disse ele.

 

 

Fonte: 247 

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