Os dados de violência contra a mulher são alarmantes, e o principal problema é a omissão dos líderes e pastores.
Uma bomba foi divulgada essa semana pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo, 40% das mulheres que declararam ter sofrido #Violência física ou verbal de maridos foram de evangélicas.
O assunto foi parar na televisão e debatido no programa da Rede Super,esta semana. Foram convidados o advogado Antônio Cintra Schimdt e o pastor Renato Matildes. Os dados da pesquisa foram colhidos por relatos a Organizações Não-Governamentais (ONGs), que ajudam mulheres vítimas de agressões.
“Não esperávamos encontrar, na pesquisa, 40% das atendidas se declarando evangélicas”, diz parte do documento divulgado pela Rede Super.
“A oração combate à violência do agressor. Os maridos são fracos e não entendem a ‘investida do demônio’, denunciar o marido leva a #Mulher a se sentir culpada, a achar que está traindo a Deus a igreja e aos pastores”, diz o documento da Universidade.
“Os números são extremamente preocupantes, muitos líderes mandam as mulheres voltarem para casa e eles vão continuar orando para Deus fazer a obra na vida do marido” diz o Pastor Renato.
Segundo o advogado Matildes, os pastores são importantes nos casos de violência contra a mulher e devem orientar e estimular a denúncia, mas, infelizmente, é mais fácil mandar embora e dizer que vai orar e Deus vai agir.
O pastor disse que a ação do Espirito Santos é valiosa para resolver os problemas, mas, às vezes, é necessário tomar providências para garantir a segurança da mulher agredida.
“É um escândalo para a igreja dados tão alarmantes como esses”, disse um convidado do programa.
No Brasil, a lei Maria da Penha visa garantir a segurança das mulheres e punir os agressores. A lei fala sobre muitos tipos de violência: Psicológica, sexual, patrimonial e física.
A ONU considera a lei Maria da Penha uma das leis mais importantes de proteção às mulheres do mundo.