Abraji lança lives semanais para valorizar o trabalho dos jornalistas

A partir da próxima terça-feira, 21.mar.2020, a Abraji começa um novo projeto para valorizar o trabalho dos jornalistas e mostrar à sociedade o papel desses profissionais, principalmente durante momentos cruciais para o país e o mundo, como é o caso da pandemia da covid-19, a maior crise de saúde em pelo menos 100 anos.

Do Abraji

Na primeira etapa, a transmissão será feita pela conta da Abraji no Instagram, entre 21 e 22h. A primeira convidada é Ana Lucia Azevedo, repórter especial de Saúde, Ciência e Meio Ambiente de O Globo. Há décadas cobrindo temas de saúde pública e tragédias ambientais, ela falará de seus principais desafios na atual conjuntura. “Será uma honra poder dividir a importância do que estamos fazendo com os colegas e outras pessoas que não conhecem o nosso trabalho”.

Ana Lucia Azevedo (Foto: Arquivo Pessoal)

As entrevistas ficarão a cargo da diretora da Abraji Adriana Barsotti, que tem passagens pelas redações de O Estado de S. Paulo, IstoÉ e O Globo, onde ganhou o Prêmio Esso com a série de reportagens “A História Secreta da Guerrilha do Araguaia”. Barsotti venceu o Prêmio Vladimir Herzog de 2019 na categoria multimídia pelo Projeto #Colabora e é professora de Jornalismo na Universidade Federal Fluminense (UFF).

“A ideia é mostrar os bastidores da cobertura da pandemia, humanizando os profissionais que estão na linha de frente e, por meio das entrevistas, refletir como o jornalismo está se adaptando ao novo cenário; como os jornalistas estão lidando com o home office, quais são as principais dificuldades da cobertura e como estão driblando-as”, explica Barsotti.

O intuito também é discutir como repórteres, editores e outros profissionais da área estão conciliando neste momento vida profissional e questões pessoais como relações afetivas, educação de crianças e adolescentes, além de cuidados com pais, avós e parentes idosos.

Para o vice-presidente da Abraji, Guilherme Amado, o trabalho do jornalista é essencial em qualquer época, mas numa crise humanitária como essa é ainda mais importante.

“A informação correta pode determinar se uma vida vai ser salva ou não. Acreditamos que os jornalistas envolvidos nessa tarefa, ao contar como está sendo o dia a dia do trabalho, ajudam a mostrar aos leitores, ouvintes e espectadores como a imprensa livre é uma aliada do cidadão”, diz Amado.

O projeto pretende reunir profissionais de todas as plataformas, regiões e especialidades. De jornalistas de grandes redações aos que trabalham em veículos nas favelas e periferias, passando por áreas com imensa dificuldade de ir a campo para as apurações, como a Amazônia, fronteiras e o interior dos estados, muitas vezes mergulhados nos chamados “desertos de notícias”.

Em 28.abr.2020, o entrevistado será o jornalista Raull Santiago, produtor de documentários, empreendedor social e ativista dos direitos humanos. Santiago é fundador e integrante dos coletivos Papo Reto, Movimentos, Perifa Connection e faz parte da Assembleia de Membros da Anistia Internacional do Brasil.

+ sobre o tema

Venício Lima: Stuart Hall e os estudos de mídia

Seu enorme legado intelectual deve ser celebrado embora,...

Jovens do Estado do Rio de Janeiro se preparam para Rio+20

As mobilizações para a Conferência das Nações Unidas sobre...

Embaixada do Marrocos: Mulher acusa diplomata de agressão e escravatura

Meryem Asdafar, de 36 anos, chegou a Portugal para...

Carta de apoio às famílias ocupantes da Usina Ariadnópolis, em Minas Gerais

Uma disputa judicial envolve 462 famílias de trabalhadores rurais...

para lembrar

SP:áreas valorizadas são as que mais têm incêndios de favelas

Dos últimos incêndios que ocorreram neste ano na...

“Voltem para a senzala”

   DORRIT HARAZIM, É sempre imprevisível o desdobramento...

Quando o crime é cometido por adolescente de classe média alta a indignação da imprensa é seletiva

TRAGÉDIA DO JET-SKI: A imprensa seletiva Por Sylvia Debossan...

Entidades responsabilizam Estado Brasileiro por política de extermínio

Por: Patrícia Benvenuti e Tatiana Merlino Julgamento não-oficial...
spot_imgspot_img

Geledés participou do Fórum dos Países da América Latina e Caribe

A urgência da justiça racial como elemento central da Agenda 2030 e do Pacto para o Futuro, em um ano especialmente estratégico para a...

Na ONU, Anielle Franco diz que reparação pela escravidão é ‘inegociável’

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, defendeu na ONU, nesta segunda-feira, a ideia de uma reparação diante dos crimes contra a humanidade cometidos...

‘Extremamente discriminatório’: como era atendimento médico antes do SUS

Há quase 40 anos, o Brasil tirava do papel o que, hoje, é considerado um dos maiores sistemas de saúde público do mundo, o...
-+=