Ação de saúde e show cultural integram programação alusiva ao Dia da Mulher Negra e Caribenha

A Prefeitura de Macapá, em parceria com a Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conem), promoverá programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher Negra e Caribenha, comemorado em 25 de julho. A finalidade é fortalecer o trabalho das organizações de promoção da igualdade racial e de gênero. No período de 8 a 22 de agosto, acontecerá ação de saúde, show cultural de Marabaixo e a 1ª Marcha contra o Racismo, a Discriminação e a Intolerância Religiosa.

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Segundo a coordenadora municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Celisa Melo, este dia é para ampliar parcerias com movimentos sociais, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira. “Teremos uma programação que termina com uma marcha que busca a quebra de correntes da intolerância e da desigualdade”.

Para a coordenadora nacional de Entidades Negras (Conen), Raimundinha Ramos, a marcha é mais uma garantia para que as mulheres possam se resguardar quanto à violência. “Temos que ter igualdade, tanto racial quanto de gênero. Queremos respeito contra a intolerância de religiões, pois somos mulheres. Essa marcha é um grito da mulher negra no país, contra tudo isso”.

A programação é aberta para toda comunidade, bem como aos movimentos sociais do município e região. A presidente do Instituto Municipal de Políticas Públicas de Igualdade Racial (Improir), Cirlene Maciel, afirma que sejam garantidos os direitos invioláveis da população negra e das comunidades, e ressalta que o evento inicia no dia 8 de agosto com ação de saúde, e termina com a 1ª Marcha contra o Racismo, a Discriminação e a Intolerância Religiosa, no dia 22 de agosto, com saída da Praça do Barão e chegada à União dos Negros do Amapá, quando o público será recebido com uma grande festa de Marabaixo.

Histórico

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas.

Alyne Kaiser/Asscom PMM

Fotos:  Chico Terra

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