Anistia Internacional pede investigação imparcial de possíveis crimes de ódio no Brasil

A Anistia Internacional divulgou uma nota nesta quarta-feira demonstrando preocupação com o cenário de violência instalado no Brasil em meio ao processo eleitoral de 2018. A organização pediu que as autoridades investiguem “de forma célere, independente e imparcial” os possíveis casos de crimes de ódio registrados pelo país.

Do Sputnik News

© Fotolia / jinga80

“A Anistia Internacional vê com preocupação o aumento de episódios de violência durante o período eleitoral que têm sido relatados em diferentes cidades do Brasil. Os casos já divulgados pela imprensa, e outros relatados pelas redes sociais e por sites criados para coletar informações sobre a violência no contexto eleitoral, demonstram que uma grande quantidade de agressões pode ter sido crimes de ódio, motivadas por discriminação racial, de gênero e de orientação sexual e identidade de gênero, ou ainda por razões de opinião política”, escreveu a organização.

Travesti é assassinada em SP aos gritos de ‘Bolsonaro presidente’ © FOTO: REPRODUÇÃO PONTE JORNALISMO

Segundo a Anistia, as autoridades brasileiras devem agir prontamente e com a devida diligência para “garantir que os casos de ataques e agressões no contexto eleitoral sejam investigados de forma célere, independente e imparcial, e que os responsáveis sejam levados à justiça”, levando em consideração que “tais casos possam ter sido crimes de ódio motivados pela identificação ou associação indevida ou real da vítima com determinado grupo ou opinião política”.

Ainda de acordo com a organização, alguns candidatos a cargos públicos nestas eleições emitiram declarações que fomentam um contexto de intolerância. Em alguns casos, “poderiam inclusive ser categorizados como de discurso de ódio, que incita a violência e a discriminação”.

Segundo a Anistia, as autoridades brasileiras devem agir prontamente e com a devida diligência para “garantir que os casos de ataques e agressões no contexto eleitoral sejam investigados de forma célere, independente e imparcial, e que os responsáveis sejam levados à justiça”, levando em consideração que “tais casos possam ter sido crimes de ódio motivados pela identificação ou associação indevida ou real da vítima com determinado grupo ou opinião política”.

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