Apesar do aumento, número de negros na publicidade não reflete a população brasileira

Mercado da comunicação e a representatividade foi o tema do Estação Livre

FONTEDa Tv Cultura
Foto: Avon / Reprodução: TV Cultura

O Estação Livre desta sexta-feira (25) questionou o mercado da comunicação sobre a representatividade e diversidade nos setores da mídia e da publicidade.

Apesar do aumento de negros nos comerciais e na televisão, o número ainda não corresponde aos 56% da população brasileira.

O programa conversou com a publicitária Renata Hilário para entender como esse problema está sendo solucionado.

Renata explicou que os números estão melhorando. Em 2015, apenas 3% das campanhas publicitárias na televisão tinham mulheres negras. Em 2020, essa parcela subiu para 22% e a população negra em geral nas telinhas foi de 1% para 7%. Porém, para a publicitária, “ainda é muito pouco”.

“Tanto o mercado, quanto a televisão, tem despertado para essa importância. É inteligente e é estratégico, mas acho importante citar também esse despertar por trás das câmeras. É importante que se tenha uma equipe preta. Isso tem mudado a passos lentos, mas a gente já vê desdobramento e espera que isso aumente”, contou Renata.

Ela ainda afirma que a publicidade tem o potencial para mudar pensamentos na sociedade.

“Ela marca épocas e hábitos. Se o consumidor preto se sentir representado, isso também pode contribuir”, completou a publicitária.

Veja o trecho completo:

Assista ao programa na íntegra:

O programa Estação Livre é apresentado pela jornalista e empreendedora Cris Guterres, considerada pela revista Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020. Feita por uma maioria de mulheres pretas, a atração tem a missão de valorizar a cultura negra, a rica diversidade do Brasil e trazer a sociedade para repensar e ajudar a reconstruir um país mais justo para todos.

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