Iniciativa deve ser estendida a todos os bairros da Capital, em uma segunda etapa
Uma ferramenta para agilizar os atendimentos de emergência às vítimas de violência doméstica passa a ser testada, a partir de janeiro, no Rio Grande do Sul. Hoje, o aplicativo PLP 2.0, que prioriza a intervenção policial e judicial às mulheres com medida protetiva, foi oficialmente lançado pela Secretaria da Segurança Pública.
no Rádio Guaíba
O aplicativo foi desenvolvido pela ONG Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos. A partir de janeiro, duas moradoras do bairro Restinga com medida protetiva serão selecionadas pelo Judiciário para testar o serviço. Após um período de experiência, o aplicativo deve ser liberado a mulheres de todos os bairros da Capital, que, conforme o entendimento da Justiça, também estiverem sob ameaça contra a vida. Ainda não há prazo para que a tecnologia chegue a cidades do Interior.
Conforme a coordenadora de projetos da Themis, Lívia de Souza, o propósito do aplicativo é dar agilidade no atendimento de casos extremos de violência e fortalecer a rede de proteção à mulher. “Se é fácil chamar um táxi, porque não podemos acessar segurança às mulheres que precisam? A ideia do bairro Restinga é porque sabemos que tem altos índices de violência e é uma região afastada da cidade”.
Conforme o secretário da segurança Wantuir Jacini, o atendimento vai ser imediato. “A Brigada Militar já tem equipes que trabalham 24h na Restinga. Assim que o serviço for acionado, o deslocamento da viatura mais próxima será imediato ao local onde está o smartphone”.
Em caso de emergência, a vítima deve solicitar atendimento através do PLP 2.0. Os operadores do Departamento de Comando e Controle Integrado vão receber o histórico da vítima, evitando que o atendimento parta do zero.