Jornal GGN – Pouco tempo depois de virem à público os comentários racistas por parte do proprietário do Los Angeles Clippers, Donaldo Sterling, e depois dele perder pelo menos três grandes patrocínios, agora ele não poderá mais assistir às partidas da NBA, a liga profissional de basquete dos Estados Unidos. A decisão foi do comissário Adam Silver. O banimento é vitalício.
Além disso, Sterling foi multado em US$ 2,5 milhões e não poderá mais tomar decisões envolvendo o time, presidir o Clippers ou sequer comparecer a qualquer jogo a partir de hoje. A decisão do comissário vai incluir, ainda, a pressão para que o magnata venda a franquia do time o mais rápido possível.
O caso ganhou tais proporções depois que NBA começou a investigar Sterling por conta da revelação de uma gravação telefônica dele com sua namorada, em que ele ofendia os negros. Ele se mostrou inconformado com o fato da namorada ter publicado fotografias ao lado de ídolos do esporte, que em sua ampla maioria são negros.
“Me machuca muito que você queira transmitir sua ligação com os negros. Precisa fazer? Você pode dormir com eles, pode fazer o que quiser. A única coisa que te peço é a não promoção disso e para não levá-los em meus jogos”, disse o dirigente. “Em seu asqueroso Instagram, não tem que ter fotos com pessoas negras”, completou Sterling.
A decisão enérgica da NBA pode servir de exemplo para outras organizações desportivas, como a Fifa e a Conmebol e, no caso do Brasil, a CBF. O futebol tem assistido a várias manifestações históricas de racismo, sendo as mais recentes envolvendo os jogadores brasileiros Daniel Alves, do Barcelona, e Tinga, do Cruzeiro.
Fonte: GGN