Após protestos, UFRGS descarta alteração em sistema de cotas

Mudança ainda tirava opção de cotistas concorrerem pelo acesso universal. Universidade manterá sistema de vestibular; duas alterações serão votadas.

Do G1

Após protestos de estudantes na última semana, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) desistiu de realizar mudanças no sistema de cotas. A instituição deve manter a opção de ingresso para quem concluiu o ensino médio em escola pública de concorrer concomitantemente no acesso universal e por cotas, como é realizado atualmente o vestibular.

Os alunos, que ocupam a reitoria da UFRGS desde a última quinta-feira (22), liberaram o acesso dos membros do Conselho Universitário (Consun) ao prédio. No entanto, uma liminar judicial impediu que a emenda feita ao parecer que mudava o sistema de ingresso de cotistas fosse votada nesta terça-feira (27).

Para os alunos, as mudanças seriam uma forma de reduzir o número de cotistas.

Outras duas propostas, elaboradas pela pró-reitoria de graduação da universidade, ainda serão votadas: o ingresso de cotistas nos dois semestres e o não remanejamento de classificados no segundo semestre para o primeiro período no ano seguinte, se houver desistências.

A votação dos conselheiros está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (30). Na data, também deve ocorrer a liberação do edital do vestibular de 2017.

Propostas da pró-reitoria

– Impossibilidade de disputar vagas de acesso universal e destinadas aos egressos do ensino público concomitantemente (cancelada);

– Ingresso de cotistas nos dois semestres (a ser votada);

– Não remanejamento de classificados no segundo semestre para o primeiro período no ano seguinte, se houver desistências (a ser votada).

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...