Brasil retrocedeu na garantia dos direitos humanos, diz Anistia

‘Estado brasileiro deixa que uma geração de jovens seja assassinada todos os anos’, afirma coordenadora da Anistia Internacional.

Do G1

Reprodução/Anistia

A Anistia Internacional divulgou o relatório anual O Estado de Direitos Humanos no Mundo 2017/2018. O documento afirma que houve retrocesso na garantia dos direitos humanos no Brasil.

A Anistia Internacional convidou para a divulgação do relatório representantes dos índios, parentes de vítimas de violência policial e famílias de presos.

O levantamento sobre os direitos humanos é feito pela Anistia Internacional em mais de 50 países e é divulgado simultaneamente em todo. No Brasil, a direção da Anistia diz que em 2017 houve retrocesso na defesa dos direitos humanos em diversos aspectos.

A Anistia destaca como pontos negativos no Brasil: a pressão por mudanças nas leis, como de redução da maioridade penal e do estatuto do desarmamento; o aumento de homicídios nas grandes cidades; a atuação das polícias nas favelas; as péssimas condições carcerárias; os conflitos por terras e recursos naturais que terminam em mortes, e a violência contra minorias sexuais, adeptos de religiões de origem africana, e os defensores dos direitos humanos.

“O estado brasileiro está deixando que uma geração de jovens, porque a maioria das vítimas são jovens, sejam assassinadas todos os anos”, afirma a coordenadora do levantamento, Renata Neder.

Mas a diretora da Anistia Internacional apontou um aspecto positivo no relatório. “Pessoas comuns têm vindo à público, enviado a sua mensagem aos líderes políticos, aos congressistas, aos presidentes, aos governadores mandando uma mensagem de que precisamos mudar o mundo. Precisamos mudar o mundo a partir do respeito aos direitos de cada um”, enfatiza a diretora da Anistia Internacional, Jurema Werneck.

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