Cerca de 26 mil frentistas serão capacitados para lidar com questão racial

Rio de Janeiro – Cerca de 26 mil frentistas que trabalham em 4 mil postos de combustíveis da Petrobras (BR) Distribuidora serão capacitados para lidar com questões raciais. O programa de capacitação da empresa, feito em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), foi lançado hoje (13) no Rio. No curso, de uma hora e meia, os funcionários assistirão a um vídeo, debaterão a desigualdade racial e receberão uma cartilha.

O material distribuído no curso explica o que é racismo, como ele afeta a vida das pessoas e as leis que punem crimes raciais, como a Lei Caó (7.716/89) e a Lei 9.459/97, que definiu o crime de injúria racial no Código Penal. Segundo o frentista Wagner Cardoso Monteiro, a cartilha mostra como lidar com situações de preconceito.

“Já aconteceu uma situação com um colega meu, que estava prestando um bom atendimento para o cliente. Só vi na hora em que o cliente saiu desembestado com o carro, chamando-o de macaco e acenando para ele. Se isso acontecer hoje comigo, ou com qualquer colega, agora sei como recorrer”, disse.

Outro objetivo do programa é evitar atitudes racistas entre os próprios colegas de trabalho, segundo a ministra da Seppir, Luiza Bairros. “As relações entre os frentistas são marcadas, muitas vezes, por discriminações que aparecem disfarçadas de brincadeira, mas que nada mais são do que tentativas de manutenção do racismo na sociedade brasileira”, acrescentou a ministra.

A Petrobras também pretende usar o material para capacitar os cerca de 6 mil operários que hoje trabalham nas obras de construção e manutenção da Petrobras.

 

 

Fonte: Jornal do Brasil 

+ sobre o tema

Thânisia Cruz e a militância que profissionaliza

“O movimento de mulheres negras me ensina muito sobre...

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no...

Cidinha da Silva: ‘Autores brancos são superestimados na cena literária’

Quando Cidinha da Silva empunha a palavra, o mundo se desnuda...

para lembrar

Thânisia Cruz e a militância que profissionaliza

“O movimento de mulheres negras me ensina muito sobre...

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no...

Cidinha da Silva: ‘Autores brancos são superestimados na cena literária’

Quando Cidinha da Silva empunha a palavra, o mundo se desnuda...
spot_imgspot_img

Thânisia Cruz e a militância que profissionaliza

“O movimento de mulheres negras me ensina muito sobre o ativismo como uma forma de trabalho, no sentido de me profissionalizar para ser uma...

Assistência ao parto avança no Brasil, mas pré-natal ainda preocupa

Dados da maior pesquisa sobre parto e nascimento no Brasil mostram avanços expressivos na prática hospitalar. A realização de episiotomia, o corte do canal vaginal com...

Cidinha da Silva: ‘Autores brancos são superestimados na cena literária’

Quando Cidinha da Silva empunha a palavra, o mundo se desnuda de máscaras e armaduras: toda hierarquia prontamente se dissolve sob sua inexorável escrita. Ao revelar...