O Ciclo de Conversas Lugares de Memória Negro-indígena reunirá profissionais do mundo acadêmico, artistas, estudantes, ativistas e público em geral interessado em refletir sobre o patrimônio cultural dos povos originários do Brasil e de África.
Desde o início se procurou elaborar um evento que enfrentasse o desafio de diversificar os olhares para o tema, trazendo não só profissionais desse campo de
pesquisa, mas também as pessoas que detém as memórias em questão e intervenções que discutem a temática por meio da linguagem artística.
O Ciclo terá seis mesas, e cada uma delas será antecedida por uma intervenção que contribuirá para a discussão, nesse evento que ocorre nos dias 14 e 15 no Sesc Consolação, e no dia 16, no Centro Universitário Maria Antônia. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site https://memorianegroindigena.com.br/ .
O objetivo di ciclo é produzir subsídios teóricos e práticos para realizar um inventário de memória negro-indígena que retome, para ampliar os resultados produzidos pelo Inventário dos Lugares de Memória do tráfico atlântico de escravos e da história dos africanos escravizados no Brasil, e com maior enfoque no Estado de São Paulo em um primeiro momento. O inventário foi organizado pelo Laboratório de História Oral e Imagem (LABHOI), da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Comitê Científico Internacional do Projeto Rota do Escravo: Resistência, Herança e Liberdade, da UNESCO. Em seu documento final sinalizava que ali havia um ponto de partida, uma ação a ser expandida no futuro.
O Ciclo de Conversas Lugares de Memória Negro-Indígena é uma realização do Instituto Tebas (idealizador), Sesc São Paulo, Instituto CPBrazil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, com apoio do Centro Universitário Maria Antônia.
SERVIÇO
ONDE e QUANDO
Dias 14 e 15, das 14h às 20h – Sesc Consolação
rua Dr. Vila Nova 245, Vila Buarque, São Paulo
Dia 16, das 14h às 20h – Centro Universitário Maria Antônia
rua Maria Antônia, 258, Vila Buarque, São Paulo
FICHA TÉCNICA
Idealização: Instituto Tebas de Educação e Cultura
Realização: Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Sesc São Paulo, Instituto Tebas e Instituto CPBrazil
Apoio: Centro Universitário Maria Antônia
Produção: Núcleo Coletivo das Artes Produções e Instituto CPBrazil
SESC CONSOLAÇÃO 13h – Receptivo 14h – Abertura 14h30 – INTERVENÇÃO: PERFORMANCE DEMARCAÇÃO DOS TERRITÓRIOS ANCESTRAIS 15h – Mesa 1. CORPO: PRIMEIRO LUGAR DE MEMÓRIA Para as pessoas que têm a ancestralidade marcada pelo genocídio e a escravidão, o corpo é um território permanentemente ameaçado de extinção Mediação: Jaíra Poti Debatedoras: Kota Mulanji e Olinda Yawar Muniz Wanderley 17h – intervalo 17h30 – INTERVENÇÃO: POCKET – ABERTURA DE PROCESSO CASA DE FAYOLAdas 18h às 20h – Mesa 2. LUGARES DE MEMÓRIA NEGRO-INDÍGENA: UM CONCEITO EM CONSTRUÇÃO A proposta da mesa é refletir sobre uma possível fronteira comum na experiência histórica dos povos originários do Brasil e da África em diáspora, sem deixar de considerar suas incontornáveis especificidades Mediação: Heloisa Pires de Lima Debatedores: Mário Medeiros e Eliane Potiguara |
SESC CONSOLAÇÃO 15 de SETEMBRO de 2022 13h – receptivo 14h30 – INTERVENÇÃO: ALOYSIO LETRA E ODERIÊ 15h – Mesa 3. OS LUGARES DE MEMÓRIA DOS POVOS DE CULTURA ORAL Como os povos de cultura oral ritualizam a memória? O debate pretende explorar as possibilidades de identificação, proteção e valorização de lugares de memória desses povos no contexto brasileiro Mediação: Casé Angatu Debatedores: Aline Kayapó e Mestre Lumumba dos Tambores 17h – Intervalo 17h30 – INTERVENÇÃO: CENA DA PEÇA LUIZ GAMA: UMA VOZ PELA LIBERDADE 18h às 20h – Mesa 4. A LIBERDADE COMO LUGAR DE MEMÓRIA Se os lugares de memória podem ser, conforme Pierre Nora, “imediatamente oferecidos à mais sensível experiência e, ao mesmo tempo”, sobressair “da mais abstrata elaboração”, pode a ideia de liberdade ser assim considerada? Mediação: Cínthia Gomes Debatedoras: Erika Malunguinho (a confirmar) e Fernanda Kaingang |
CENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTÔNIA 16 de SETEMBRO de 2022 13h – receptivo 14h30 – VÍDEO-MANIFESTO: O BRASIL PRECISA SER EXORCIZADO 15h – Mesa 5. A TRAJETÓRIA BRASILEIRA DO CONCEITO LUGAR DE MEMÓRIA Desde 1984, quando a obra Les Lieux de Mémóire colocou em evidência, sob a coordenação de Pierre Nora, a partir da França, o conceito de “Lugares de Memória”, houve releituras no interior do mundo acadêmico. Como tem se dado essa experiência no Brasil? Mediação: Patrícia de Oliveira Debatedores: Renato Cymbalista e Matheus Cruz 17h – Intervalo 17h30 – DOCUMENTÁRIO: CRIANDO PASSADOS PRESENTES: MEMÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL (relacionado ao inventário discutido na mesa que se segue) 18h às 20h – Mesa 6. INVENTÁRIO DOS LUGARES DE MEMÓRIA DO TRÁFICO ATLÂNTICO Em 2013, a Universidade Federal Fluminense e a UNESCO abriram o precedente, realizando o inventário que identificou 100 lugares de memória do tráfico atlântico no Brasil. Passados oito anos, o que se pode acrescentar a essa experiência? Mediação: Solange Barbosa Debatedores: Mônica Lima e Milton Guran |